Dossiê Fabulações Miceliais
| ano 6, n. 14, 2019 |
| EDITORIAL |
Fabular, como fazem as micélias
Este dossiê emerge como extensão das discussões e vivências compartilhadas no projeto interdisciplinar “Pensando com Fungos”, desenvolvido pelo Laboratório de Ficção, Ciência e Cultura (LABFICC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ao longo do ano de 2018. O LABFICC surgiu em 2016 como um coletivo que buscava pensar a diversidade num campo onde as fronteiras entre ciências, cultura e ficção insistem em se confundir. Composto em sua maioria por estudantes de pós-graduação de diversas áreas do conhecimento, o grupo se propõe a realizar atividades de pesquisa e extensão na Unicamp, com mostras de filmes, grupos de estudos, workshops e outras formas de engajamento público. O “Pensando com fungos” foi um marco importante para o grupo, pois foi nosso maior projeto até aqui e a primeira vez que nos dedicamos a uma só temática de modo sistemático, com reuniões mensais e eventos públicos no âmbito da Unicamp. O dossiê se tornou parte dos trabalhos finais do projeto, bem como a oficina de pintura com fungos e encadernação manual que aparece na seção Lab-Ateliê desse dossiê.
Pensar com fungos se tornou uma atividade de cumplicidade com as formas fúngicas de existir no mundo, que nos desloca do antropocentrismo que sufoca nossas ciências, culturas e ficções. Construir um dossiê convidando os leitores para fabular conosco (unindo pela diferença como fazem as micélias do solo) é a melhor maneira de encerrar o ciclo desse projeto. Encerramos um ciclo de trabalhos interdisciplinares com os fungos convidando a comunidade leitora da ClimaCom a colocar mais fábulas em nossa bolsa construída de fibras miceliais.
Os trabalhos de Anna Tsing e Paul Stamets nos inspiraram a tomar os fungos como companheiros para pensar e fabular e as micélias, em particular, combinam características que as tornam a companhia ideal para nossas fabulações. Em uma das muitas formas combinadas de reprodução dos fungos, está o belo ciclo de vida dos cogumelos. Cogumelos liberam esporos, esporos formam hifas e as redes de hifas construídas horizontalmente nos solos são as micélias. Contrariando o habitual da taxonomia das ciências biológicas em português, optamos pelo nome no plural e feminino. A intenção é tanto se endereçar à pluralidade das micélias evidenciada na escolha do plural latino mycelia em detrimento do singular mycelium como é também combater a universalidade do gênero masculino nas palavras plurais em português (marca indelével do antropocentrismo que fez do Homem seu herói linguístico).
As micélias, frequentemente tomadas como redes miceliais, são parte fundamental do ciclo de reprodução dos fungos e necessárias para a frutificação fúngica, que são os cogumelos. Sua existência, contudo, aponta para características que impactam as formas como pensamos a terra, os fungos, os solos, a floresta, as espécies e todo conhecimento que tenta conectá-los.
Paul Stamets (2005) nos ajuda a identificar as principais características das micélias que as tornam potentes companheiras para as fabulações, a começar pelo fato de que elas não podem ser individuadas. Micélias são uma forma de existência partilhada, que conecta a um só tempo existências múltiplas: árvores, cogumelos, microorganismos do solo, enzimas, micorrizas, o solo ele mesmo e, indiretamente, toda a vida das florestas. Micélias permitem a comunicação entre diferentes árvores e são parte fundamental da ciclagem de matéria orgânica do solo. Stamets sugere ainda que elas são uma espécie de inteligência coletiva, a “internet da natureza”, que é compartilhada e construída por várias espécies ao mesmo tempo, e, como tal, desempenha papel importante da manutenção da vida no solo e nas florestas. Como Anna Tsing (2015) ressalta, os fluxos mobilizados pela digestão micelial são, ao mesmo tempo, narrativas de degradação e criação – decomposição que configura ou torna possível novos mundos para outros organismos. Na concepção das respostas enzimáticas e químicas à decomposição da matéria, os fungos figuram como “organismos de interface entre a vida e a morte” (STAMETS, 2005, p. 1).
As micélias encontram o húmus de Donna Haraway (2016) para nos ajudar a pensar possibilidades teóricas e criativas para lidar com o antropocentrismo que marca de modo profundo o conhecimento moderno. O solo e os compostos terranos aparecem como alternativa multiespécie ao conceito de humano: “Somos húmus, nem Homo, nem anthropos; somos composto, não pós-humanos” (HARAWAY, 2016, p. 55).
É reunindo as interações várias entre fabular e as micélias que chamamos esse dossiê de Fabulações Miceliais. Fabular é criar, conectar e conversar por histórias e paisagens, considerando as múltiplas conexões entre ficções, ciências e experiências vividas, unidas enquanto narrativas sobre (e no) mundo. Essa noção de fabulação é largamente inspirada no conceito de SF de Donna Haraway, que é aberto e formulado por conexões parciais, para conceber a confusão de fronteiras entre “science fiction, speculative fabulation, string figures, speculative feminism, science fact, so far” (HARAWAY, 2016, p. 2) e várias outras possibilidades que não cessam em surgir. Fabular é contar histórias de naturezas diversas e intercambiantes.
Tal como sugere Anna Tsing, inspirada por Ursula K. Le Guin (1989), esse dossiê se propõe a coletar histórias. Nossa micélia fabulativa era uma bolsa vazia que agora está parcialmente preenchida. Antes de ir às fabulações que preencheram nossa bolsa de fibras miceliais, gostaríamos de trazer uma questão que marca uma diferença desse dossiê em relação aos outros da ClimaCom.
A Professora Daniela Tonelli Manica, que contribui com esse dossiê com uma resenha do filme de Donna Haraway, nos fez uma sugestão que nos pareceu muito importante. Optamos por explicitar o primeiro nome das autoras e autores nas referências de todos os trabalhos publicados. A escolha por não seguir o padrão indicado pela norma (apresentação apenas das iniciais) responde a uma crítica feminista sobre a invisibilidade e o apagamento dos trabalhos e publicações de autoras mulheres. Nas palavras de Daniela, “explicitar o primeiro nome é uma ação feminista importante para conferir visibilidade aos trabalhos e publicações de autoras mulheres. Como a própria Haraway defende no filme, e discuto ao longo da resenha, as produções das mulheres são rápida e sistematicamente apagadas pelas redes e tradições científicas”.
Nosso dossiê conta com contribuições de várias naturezas, que incluem artigos, ensaios, resenhas, contos ficcionais e várias sortes de trabalhos artísticos. Recebemos dezenas de contribuições e os trabalhos selecionados têm em comum uma leitura profunda e delicada da temática proposta. Uma leitura apressada poderia concluir que nós editores buscávamos trabalhos que tinham por objeto os fungos. Nossa proposta sempre foi pensar com fungos e tirar proveito das formas miceliais de entender os mundos. Os trabalhos presentes neste dossiê nos mostram quão ricas são as possibilidades desse exercício de pensar.
Alguns dos trabalhos foram formulados especialmente para nossa bolsa de fibras miceliais por convite dos editores. E é com eles que começamos.
No artigo “A arte de viver no Antropoceno: um olhar etnográfico sobre cogumelos e capitalismo na obra de Anna Tsing”, Thiago Mota Cardoso busca subverter o gênero resenha entrelaçando comentários críticos ao livro “The Mushroom at the end of the World” (2015) com as vivências do autor ao longo da viagem de campo junto de Anna Tsing, autora do livro, e participantes do AURA Project – Living in the Anthropocene. Chamando de confabulações miceliais – homenagem ao título do dossiê – essa escrita experimental suscitada pelas estranhezas e questões que emergem da experiência em realizar etnografias multiespécie e de paisagens, traz a riqueza proporcionada por reflexões de campo e percepções do autor junto de temáticas, associações e observações que são trabalhados por Tsing em seus estudos sobre o cogumelo Matsutake e as ruínas do capitalismo.
Na resenha “Contar outras estórias”, Daniela Tonelli Manica comenta e aprofunda as reflexões sobre a vida, os ambientes e as principais ideias desenvolvidas por Donna Haraway apresentadas no filme de Fabrizio Terranova “Story telling for earthly survival” (2016). Fazendo conexões entre as formas e recursos audiovisuais experimentais e o conteúdo do filme, composto por montagens com cenas diárias e mundanas de humanos, não-humanos e paisagens que compõem sua vida e história, o texto retoma Donna Haraway, suas reflexões, diálogos com outras pensadoras contemporâneas e os significados de suas propostas teórico-políticas e suas formas de pesquisar e entender o mundo.
Inspirados no ensaio “The Carrier Bag Theory of Fiction” de Ursula K. Le Guin, o texto e os desenhos de Aline Lemos e Terrano em “Cogumelos e frutos e castanhas duras” contam a história de duas mulheres caçadoras. Sua caça são cogumelos, castanhas e frutos, apanhados juntos de histórias e armazenados em suas bolsas. Assim como no ensaio de Le Guin, a coleta aqui representa um outro lado, histórias alternativas, cores e mundos em que o que traz o sustento e a vida está contido dentro das bolsas das mulheres e não respingando o sangue das lanças dos heróis.
“25 Ways to Make Love to the Earth”, de Beth Stephens e Annie Sprinkle, com design de Hoshi Hana, propõe um guia ecossexual com diretrizes de como utilizar todos os sentidos e amar incondicionalmente estando em um relacionamento com a Terra. As artistas se perguntam o que acontece quando trocamos a metáfora da Terra como mãe para amante e o resultado é um novo jeito de olhar para a Terra e para o amor.
Além dos trabalhos que foram construídos a convite dos editores, contamos com a generosidade de muitos autores que compartilharam seus trabalhos com nosso dossiê.
Gabriel Cardozo compôs “Experimentos de pensamento com a ficção científica: roteiros, planícies e planos para a recuperação parcial de um “Planeta impossível”. Nesse ensaio somos colocados a pensar sobre um planeta Terra impossível a partir de duas histórias de ficção científica. Com escrita experimental e poética o autor desafia o leitor a mergulhar nas possibilidades e impossibilidades do futuro terrano, ao mesmo em que Gaia parece exigir respostas para perguntas que não se importam com a distinção entre a ficção e o real.
Caio Santos evoca as chamadas “epistemologias ecológicas” para tecer o artigo que chamou de “O escalador e a rocha-escalada”. O autor faz um exercício de olhar para a vida, pensando pelas alianças entre humanos e não-humanos no contexto da escalada, onde escalador e rocha não podem estabelecer a relação nos termos sujeito-objeto.
Evandro de Martin escreve “Coletes amarelos, ZADs e Antropoceno: os pontos de vista de Latour e Vaneigem sobre as controvérsias francesas de 2018” inspirado nas reflexões do Bruno Latour e de Raoul Vaneigem sobre os fenômenos dos “coletes amarelos” e as ZADs (zonas a defender) nas recentes crises políticas na França, o autor faz uma análise que coloca esses fenômenos como contrapontos ao modelo de civilização baseado nas noções de progresso e situa as mudanças climáticas no lugar do esgotamento desse modelo de civilização, tentando cruzar alguns movimentos políticos contemporâneos com os debates recentes sobre o Antropoceno.
Em “Passagem à ruína e as mortes regeneradoras do cinema”, tendo como ponto de partida o filme Decasia (2001), Rodrigo Faustini dos Santos constrói uma reflexão sobre a materialidade do filme e os sentidos produzidos com sua deterioração. Para o autor a passagem do cinema analógico para o digital marca um tipo específico de ruína capaz de produzir novas reflexões sobre a mudanças tecnológicas e também sobre as existências materiais passíveis de deterioração.
Em “Demiurgos californianos: mitocríticas ao ecomodernismo”, Roberto Romero faz uma refinada e provocativa análise sobre o tímido negacionismo ecomodernista de figuras como Ted Nordhaus e Michael Schellenberger à luz da mitologia ameríndia. Isso para apontar como, curiosamente, questões que assombram as escatologias contemporâneas vindouras principalmente da Califórnia foram não apenas previstas como remediadas nas cosmogonias ameríndias.
No ensaio “Pensar com Gaia”, Fernando Silva e Silva se propõe a pensar em torno da pergunta: o que podem os filósofos diante das mudanças climáticas? Para isso, o autor promove um deslocamento de um geofilosofia para o que chama de gaiafilosofia, que termina por se perguntar “como redescobrir Gaia?”; “em que tempo vivemos?”; “quem são os habitantes da Terra?”; “Como viver juntos?”.
Gabriel S. Philipson, através de “Fazer parênt(es)es ou esperas: os gestos de Flusser”, traz uma proposta ensaística a partir da obra “Gestos” de Vilém Flusser. Não necessariamente sobre a obra, mas colocando-a em plano de fundo para a sua reflexão crítico-analítica. Tentando criar pontes (ou fazer parentes) com diversos autores teóricos, Gabriel realiza uma investigação por meio do acompanhamento da sugestão de uma teoria geral dos gestos, que se desenrola no horizonte de uma reestruturação pedagógica e científica da universidade, e que se exprime como resposta ética-política diante dos potenciais inerentes à técnica, como resistência à lógica dos códigos e programas no Capitaloceno e Chthuluceno.
“O cavalo troiano do cacau baiano” entrelaça literatura, ficção e biologia para contar como estória os movimentos e dinâmicas entre o fungo vassoura-de-bruxa e os cacaueiros. Recuperando a Bahia de Jorge Amado e a Ilíada de Homero, Camila P. Cunha traz a imagem do Cavalo de Troia como uma metáfora para entender tanto os conflitos que levaram à introdução criminosa do fungo nas plantações quanto as artimanhas da vassoura-de-bruxa para invadir e dominar os cacaueiros.
Na resenha “A emergência da ecologia das práticas”, Felipe Peregrina Puga destaca os principais pontos do livro “Ecologies of Comparison” (2011) de Timothy Choy e traz reflexões sobre como a obra trata da inseparabilidade entre múltiplas práticas de conhecimento, políticas ambientais e negociações culturais em controvérsias ecopolíticas da Hong Kong dos anos 1990.
Em “24/7”, Cau Silva reflete sobre a simbologia do solo urbano, criando uma obra que envolve um pedaço decomposto de asfalto envolto em papelão. Uma narrativa de degradação com materiais tipicamente urbanos.
A produção “água de pé olho d’água cabeceira ou O Arquivo Vivo das Coisas” traz o profundo vínculo histórico-familiar de Maria Madalena Felinto Pinho Ramos com o igarapé Rio Grande. Oriundo de um trabalho envolvendo desde caminhadas e coleta de diversos elementos que compõem as fluidas paisagens do curso d’água, a autora semeia toda a sua sensibilidade através das suas fotografias. Os registros focalizam em suas experiências com as vidas nas margens do igarapé.
Na animação experimental “Deriva amorfológica: Bacia de Cubatão”, Rodrigo Faustini dos Santos trabalha com a técnica de grattage em papel termossensível. O trabalho mistura a música “Cubatão”, de Lucas Rodrigues Ferreira, com uma ecologia especulativa de apodrecimentos.
Hyoantropia é um conto de fantasia/ weird fiction e o único conto literário a compor esse dossiê. Rodrigo Junqueira narra com muita sensibilidade a história de Iara, uma ninfa da chuva brasileira, que nos leva a refletir sobre a diferença e sobre as complicadas formas em que o humano, o não-humano, a natureza e o fantástico se emaranham.
O ensaio “Um episódio de cegueira coletiva ou o que sobrou do planeta depois dos humanos” é resultante de uma experiência com jornais e com o apodrecer. Tuane Maitê Eggers conecta com delicadeza o tema das mudanças climáticas e as reflexões sobre o fim com eventos recentes da política brasileira e nos pergunta: “De que forma a ficção impacta e se mescla com a realidade? Ou, ainda, é possível diferenciar realidade e ficção?”.
A obra de arte interativa “Culturas degenerativas” de Cesar & Lois integra sistemas vivos e digitais em uma única rede na tentativa de corromper o impulso humano de dominação da natureza. O trabalho intenta, dessa forma, fazer da natureza, através de esporos e micélias, um espaço para outros modos de comunicação e processamento de informações.
Por último, a seção Laboratório-Ateliê traz experiências de oficinas feitas com o público para a criação das visualidades que circulam na revista e também para propor modos coletivos de pensar e criar a própria revista.
Unindo o aporte teórico que debatemos em nossas reuniões, presente também na discussão acima, esse dossiê apresentou diversas propostas temáticas ao redor das quais os artigos, ensaios e ensaios artísticos orbitaram: 1) estudos interdisciplinares sobre as multiplicidades de relações entre espécies; 2) esgotamentos contemporâneos figurados pelos diferentes nomes de Antropoceno, Capitaloceno, Plantationceno, Chthuluceno, entre outros; 3) histórias de fim de mundo; 4) narrativas de degradação e composição, criação e precariedade, recuperação e ressurgência, viver-e-morrer-com; 5) os múltiplos sentidos de terra, gaia e suas variações; 6) micologia, microbiologia e relações de decomposição e humificação; 7) simpoiese e confecções de holobiomas.
Das fabulações miceliais emergiram escritas e artes que se estenderam por várias propostas temáticas simultaneamente. Seguimos a proposta da “biografia mental” de Ursula K. Le Guin (1989), Dancing at the Edge of the World, em que a autora propõe a ligação entre os diferentes textos do livro por meio de símbolos que indicam uma temática comum. Para tanto, atribuímos aos textos do dossiê diferentes numerações, correspondentes aos temas propostos pelos editores. O leitor poderá desde aqui traçar caminhos entre os textos e criar conexões entre eles que imitam o movimento de vem e vai dos caminhos das micélias. Como nos ensina a autora no mais famoso ensaio do livro, coletar histórias é mais do que recolher, mas uma atividade de criação e recriação contínua, onde novas relações surgem e outras morrem a todo tempo. Como fazem os fungos, como fabulam as micélias.
Daniela Albini Pinheiro, Flávio Artioli Neto, Isabela Noronha,
Lucas Lima dos Santos, Rodrigo Autrán, Thaís Lassali e Vitor Chiodi
Editores
SUMÁRIO – Dossiê Fabulações Miceliais
| ano 6, n. 14, 2019 |
SEÇÃO PESQUISA
Artigos
Thiago Mota Cardoso
Gabriel Cardozo
“O escalador e a rocha-escalada” (4)(7)
Caio Santos
Evandro de Martini
“DECASIA (2001): Passagem à ruína e as mortes regeneradoras do cinema” (3)(4)(6)
Rodrigo Faustini dos Santos
Ensaios
“Demiurgos californianos: mitocríticas ao ecomodernismo” (2)(3)
Roberto Romero
Fernando Silva e Silva
“Fazer parênt(es)es ou esperas: os gestos de Flusser” (1)(7)
Gabriel S. Philipson
“O cavalo troiano do cacau baiano” (1)(6)
Camila P. Cunha
Resenhas
“Contar outras estórias” (1)(4)
Daniela Tonelli Manica
“A emergência da ecologia das práticas” (1)
Felipe Peregrina Puga
SEÇÃO ARTE
“Cogumelos e frutos e castanhas duras” (4)
Aline Lemos e Terrano
“25 Ways to Make Love to the Earth” (5)
Beth Stephens, Annie Sprinkle and Hoshi Hana
“24/7” (4)
Cau Silva
“Água de pé olho d’água cabeceira ou O Arquivo Vivo das Coisas” (1)
Maria Madalena Felinto Pinho Ramos
“Deriva amorfológica: Bacia de Cubatão” (4)(6)
Rodrigo Faustini e Lucas Rodrigues
“Hyoantropia” (4)
Rodrigo Junqueira e Paula Chimanovitch
“Um episódio de cegueira coletiva ou o que sobrou do planeta depois dos humanos” (2)(6)
Tuane Maitê Eggers
“Culturas degenerativas” (4) (6) (7)
Cesar & Lois
SEÇÃO LABORATÓRIO-ATELIÊ
“Cogumelos, linhas e nós” (1) (6) (7)
“Povoamentos fúngicos” (2) (3) (4)
“Bichário” (1) (4)
“Floresta sensível II” (1) (5) (7)
CHAMADAS ABERTAS
Dossiê “A linguagem da contingência”
Até 15 de julho de 2019 | Publicação agosto de 2019
Editor: Eduardo Pellejero – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Dossiê “Povos Ouvir: a coragem da vergonha”
Até 15 de novembro de 2019 | Publicação em dezembro de 2019
Editores | Susana Dias (Labjor-Unicamp), Carolina Cantarino Rodrigues (FCA-Unicamp), Renato Salgado de Melo Oliveira (IF Baiano – Itaberaba) e Tatiana Plens Oliveira (FE-Labjor-Unicamp)
Até 15 de março de 2020 | Publicação em abril de 2020
Editor: Renato Salgado de Melo Oliveira – Instituto Federal Baiano (campus Itaberaba)
FICHA TÉCNICA
Dossiê “Fabulações Miceliais”
Editores | Laboratório de Ficção, Ciência e Cultura (LABFICC) – Daniela Albini Pinheiro (DPCT/Unicamp), Flávio Artioli Neto (IA/Unicamp), Isabela Noronha (NEPAM/Unicamp), Lucas Lima dos Santos (IFCH/Unicamp), Rodrigo Autrán (DPCT/Unicamp), Thaís Lassali (IFCH/Unicamp) e Vitor Chiodi (IFCH/Unicamp)
Editoração | Tatiana Plens e Thamires Elizeu e Susana Dias
Capa | Susana Dias e Tatiana Plens
Grupos | LABFICC: Laboratório de ficção, ciência e cultura, multiTÃO: prolifer-artes sub-vertendo ciências, educações e comunicações (CNPq)
Rede de Pesquisa | Divulgação Científica e Mudanças Climáticas
Instituições | Instituto de Geociências (IG-Unicamp), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH-Unicamp), Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM-Unicamp), Instituto de Artes (IA-Unicamp), Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor-Unicamp), Faculdade de Educação (FE-Unicamp),
Pós-graduação | Programa de pós-graduação em Política Científica e Tecnológica, Programa de pós-graduação em Ciências Sociais, Programa de pós-graduação em Antropologia Social, Programa de pós-graduação em Ambiente e Sociedade, Programa de pós-graduação em Multimeios, Programa de pós-graduação em Divulgação Científica e Cultural, Programa de pós-graduação em Educação
Projetos | Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC 2a. Fase) – (Chamada MCTI/CNPq/Capes/FAPs nº 16/2014/Processo Fapesp: 2014/50848-9); “Por uma nova ecologia das emissões e disseminações: como a comunicação pode modular a mais intensa potência de existir do humano diante das mudanças climáticas?” (CNPq); Revista ClimaCom: https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/
Bibliografia Editorial
HARAWAY, Donna. Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene. Durham e Londres: Duke University Press, 2016.
LE GUIN, Ursula K. Dancing at the Edge of the World: thoughts on words, women, places. Nova Iorque: Grove Press, 1989.
STAMETS, Paul. Mycelium Running. Ten Speed Press, 2005. Capítulo 1 (p. 2-11).
TSING, Anna. The Mushroom at the end of the World. Princeton University Press, 2015.