De quem são as terras fertilizadas na Amazônia antiga e nosso amado futuro ancestral? | Maria da Glória Feitosa Freitas

Traçando um caminho percorrido desde o relato de Caminha, passando pelo “Genocídio e resgate dos Botocudo” e chegando na visão de “Futuro ancestral” de Krenak, este texto traz um painel realista da relação da terra brasileira e os povos originários.

Por | Maria da Glória Feitosa Freitas/Yeye Oribato Obàtálá Ilé Ifè[1]

 

Agora que o #ClimateClock, o Relógio do Clima, decretou que temos em torno de seis anos para zerar as emissões de carbono e produzidas pela excessiva queima de carvão, gás e petróleo e pelo desmatamento de florestas como a Amazônia, seria uma boa hora para pensar no passado e projetar um mínimo futuro?

Grande parte da população brasileira, desde os tempos coloniais, vive na Costa Brasileira. Neste cenário aconteceu um dos primeiros encontros entre povos indígenas e os primeiros colonizadores, descrito por Pero Vaz de Caminha: “Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram” (Caminha, 1500).

O que desconhecia Caminha e toda a tripulação é que parte destes povos indígenas vieram viver no atual sudeste brasileiro, nesta mesma Costa Atlântica em que se deu este primeiro encontro. O que as pesquisas apontam é que viveram na Amazônia e depois desceram para a região mais ao centro-sul do país, assim no começo do século XVI já viviam lá nesta área, e viram os primeiros portugueses na chegada.

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