Como tornar potente nossa relação com a água? Como continuar diante da finitude? Ambas as perguntas delineiam o curso do encontro-ação organizado por pesquisadores do Laboratório de Jornalismo da Universidade Estadual de Campinas (Labjor/Unicamp) e da Rede Clima e por artistas que têm se desdobrado em inventar relações com as mudanças climáticas, em especial com as águas em tempo de escassez.
Para o cineasta colombiano e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) Sebastian Wiedemann, que divide a curadoria do evento com a pesquisadora do Labjor Susana Oliveira Dias, trata-se de “abraçar a catástrofe” como algo capaz de nos forçar a pensar diante das finitudes que se impõem. “O que nos interessa é a correnteza de atos de criação que, por procurarem afirmar a vida, podem e querem compartilhar as mesmas águas”, pontua o cineasta.
O rio é a curva-mestra de todo o evento. Na abertura, que acontece na sala de aula do Labjor em 1º de outubro, às 9 horas, a programação inclui a exibição do filme documentário Ouvir o rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles seguida de uma oficina-pintura que comporá, coletivamente, um livro-objeto capaz de esboçar sentidos para a questão das águas: um “livro-nascente de rios futuros”, como propõem os curadores do evento.
Sinopse: Dirigido por Marcela Lordy, o filme documentário Ouvir o rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles acompanha a busca poética do artista plástico carioca de renome internacional pelos sons dos rios em várias regiões do Brasil, de onde emerge uma “escultura sonora” que exprime nossa relação com os corpos d’água. O filme foi exibido em vários festivais nacionais e internacionais.
Assista ao trailer aqui
01/10, às 9h, na sala de aula do Labjor
Cidade Universitária “Zeferino Vaz”
Prédio da Reitoria V (3º piso).
(em frente à Praça da Paz)
O evento é gratuito, mas é preciso se inscrever no e-mail: climacom@unicamp.br
Confira a programação completa aqui