Música, espiritualidades e simbioses: agência/mentos em plagicombinação e improvisatividades para a composição de uma partitura curricular em cotidianos escolares | Augusto Flávio e Rosane Meire Vieira de Jesus


Augusto Flávio[1]

Rosane Meire Vieira de Jesus[2]

Perfurações introdutórias

As palavras que se intercalam na trama dos parágrafos a seguir, serão as testemunhas que darão conta de uma pesquisa para currículos musicalmente performativos, realizada entre 2018 e 2020, em um colégio público de oitavo e nono ano do ensino fundamental, e ensino médio, no município de Conceição do Coité-BA, no âmbito do programa de Mestrado Profissional em Educação e Diversidade ofertado pela UNEB – Campus XIV, e acolhida pelo grupo de pesquisa Formação, Experiência e Linguagens – FEL.

De pronto faz-se imprescindível constatar que as narrativas aqui entremeadas compõem um breviário da dissertação original, com uma seleção das derivações curriculantes que considerei mais oportunas. O intuito aqui, portanto, é o de esboçar uma paisagem que contemple os planos ontológico, epistêmico e metodológico, de modo a evidenciar a escolha de alguns percursos de pesquisa e principais argumentos que balizaram as tomadas de decisão.

O ponto de partida para a formulação do problema foram os enredamentos das minhas experiências com a música e a tecnologia desde a infância, até a produção profissional que culminou com a banda Órbita Móbile. Das analogias com essas implicações, me ocorreu perguntar para o campo educacional: que acontecimentos em simbioses com a música poderiam passar a perfurações curriculantes em um cotidiano escolar?

 

(Leia o artigo completo em PDF).

 

Recebido em: 20/03/2021

Aceito em: 15/04/2021

[1] Mestre em Educação e Diversidade – UNEB – Campus XIV. Membro pesquisador do grupo Formação, Experiência e Linguagens – FEL. E-mail: augustofroque@gmail.com

[2] Doutora em Educação – UFBA. Professora Adjunta da Universidade do Estado da Bahia, Campus XIV. Orientadora. E-mail: rmvieira@uneb.br

Música, espiritualidades e simbioses: agência/mentos em plagicombinação e improvisatividades para a composição de uma partitura curricular em cotidianos escolares

 

RESUMO: As linhas que se seguem tentarão dar conta de uma performance de pesquisa em um mestrado profissional em educação, num programa performativo em que o currículo é compreendido como um texto musical, uma partitura composta em claves pós-estrutural e pós-colonial, e em aliança parcial com o argumento pós-qualitativo que sugere, para uma consistência entre ontologia e episteme, romper com as tradições metodológicas qualitativas. Assim, um Grupo de Experiências (GEs) tal uma captura de um acontecimento – o hit funk Bum Bum Tam Tam, de MC Fioti (2017) – foi a ignição para agência/mentos curriculantes, plagicombinações na acepção formulada por Tom Zé (1998), em aproximações com o hibridismo de Homi Bhabha (2013), mixagens entre conceitos filosóficos, teorias científicas e formasfluxos artísticas, onde se elucubra sobre o funcionamento dos discursos curriculares como um refrão e as implicações de uma aproximação com um pensar afroperformativo especulado por Muniz Sodré (2018); como este faz trifurcar a composição curricular junto às potências de espiritualidade no território da arte; e de que maneira os fluxos espirituais na música, por desterritorializações e reterritorializações, reversibilidades e compensações, são acolhidas como simbioses que sugerem uma economia e uma ecologia dos currículos, deduções com as tessituras cartográficas de Gilles Deleuze e Félix Guattari.

PALAVRAS-CHAVE: Currículo. Música. Performatividade.

 


Music, spiritualities and symbioses: agency/ings in plagicombinations and improvisativities for the composition of a curricular score in a everyday school life

 

 

ABSTRACT: The following lines will try to carry out a research performance in a professional master’s degree in education, through a performative program where the curriculum is understood as a musical text, a score composed in post-structural and post-colonial clefs, and in partial alliance with the post-qualitative argument, whose suggestion for consistency between ontology and episteme breaks with the qualitative methodological traditions. Thus, a Group of Experiences (GEs) was such capture of an event – the funk hit Bum Bum Tam Tam, by MC Fioti (2017) – which was the ignition for curricular agency/ing, plagicombinations in the sense formulated by Tom Zé (1998), in connections with Homi Bhabha’s hybridity (2013), mixes connecting philosophical concepts, scientific theories, and artistic form-flows, where it elaborates on the functioning of curricular discourses as refrains and implications of an approximation to an afro-performative thinking speculated by Muniz Sodré (2018); how it makes the curricular composition trifurcate alongside the potencies of spirituality in the territory of art; and how spiritual flows in music, through deterritorializations and reterritorializations, reversibility and compensations, are welcomed as symbioses that suggest an economy and an ecology of curricula, deductions with the cartographic tessituras of Gilles Deleuze and Félix Guattari.

KEYWORDS: Curriculum. Music. Performativity.


FLÁVIO, Augusto; JESUS, Rosane Meire Vieira de. Música, espiritualidades e simbioses: agência/mentos em plagicombinação e improvisatividades para a composição de uma partitura curricular em cotidianos escolares. ClimaCom – Coexistências e cocriações [Online], Campinas, ano 8,  n. 20,  abril.  2021. Available from: https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/musica-espiritualidades/