INSCRIÇÕES ATÉ 15 DE MAIO DE 2017
O Seminário Conexões chega a sua sétima em 2017. Desde 2009 o evento propõe proliferações com o pensamento do filósofo Gilles Deleuze em interseções as mais inusitadas e este ano pretende propor experimentações a partir do conceito de Deleuze e Guattari de “Nova Terra” dando consistência a possíveis e impensadas “Cosmopolíticas” e “Ecologias Radicais”.
O Antropoceno, como tempo marcado pelas catástrofes, pelas mudanças climáticas e nossa ação irreversível sobre as condições materiais de existência, sobre Gaia; parece que nos joga em direção ao fim do mundo. Um beco sem saída onde a comunicação e educação se tornam cúmplices de nossa miséria.
No entanto, não acreditamos no fim do mundo, como um Grand Finale, pois para quem acredita nas potências criativas da vida e do humano, o Novo, sempre advém do fim de um mundo que dá lugar a um outro. O mundo como uma cosmogênese constante. Uma comunicação entendida como multirelacionalidade que se diz potente ao afetar e ao se deixar afetar abrindo novas individuações e transformações na matéria; assim como uma educação como possibilidade de deslocar a aprendizagem para uma condição de ambiências imanentes que colocam o humano e não humano em processos de apreensão, de se apre(e)nderem mutuamente como encontro entre heterogêneos, podem ser os mais potentes aliados para um mundo que se resiste a acabar.
É por isso, que este ano o Conexões pretende se jogar em experimentações a partir do conceito de Deleuze e Guattari de Nova Terra. Acreditamos que a infindável procura por reinventar e refazer o mundo, por compor uma nova imagem do pensamento é sempre a procura por uma Nova Terra, por povoar uma e outra vez, por fazer diferir a mecanosfera que não para de afirmar seu des-fundamento como potência criadora e onde uma constelação de conceitos outros emerge e estes fazem contato dando consistência a possíveis e impensadas Cosmopolíticas e Ecologias Radicais.
O que pode o humano nos seus devires em tempos de catástrofe? É talvez a pergunta que tem nos des-orientado no pensamento com as mudanças climáticas na Revista ClimaCom produzida pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) e no OLHO Laboratório de Estudos Audiovisuais da FE, ambos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e que nos instiga a querer fazer deste VII Seminário um experimento em estar junto onde modos e lógicas de pensamento as mais díspares e aberrantes façam funcionar o pensamento de Deleuze e Guattari, na vontade de farejar faíscas dos modos como essa Nova Terra, suas Cosmopolíticas e Ecologias Radicais, podem aparecer e…
O evento acontecerá de 27 a 29 de novembro de 2017 na Universidade Estadual de Campinas e entre os convidados internacionais já confimados estão Brian Massumi da Universidade de Montreal – Canadá, Erin Manning da Universidade de Concórdia – Canadá, Erik Bordelau pesquisador do Sense Lab – Canadá e Adrián Cangi da Universidad de Avellaneda – Argentina. Entre os convidados brasileiros confirmados temos: o líder indígena Ailton Krenak, Almires Martins da Universidade Universidade Federal da Grande Dourados, Déborah Danowski da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Luiz Orlandi da Universidade Estadual de Campinas e Marco Antonio Valentim da Universidade Federal do Paraná.
O envio de propostas de trabalho para participar no Seminário está aberto até 15 de maio e os interessados devem enviar título, texto entre 1000 e 2000 palavras e três palavras-chave através de formulário disponível no site do evento: https://seminarioconexoes2017.
O VII Seminário é organizado pelos grupos de pesquisa multiTÃO, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor-Unicamp) e Humor Aquoso, da Faculdade de Educação (FE-Unicamp) e é uma ação da Subrede de Divulgação Científica da Rede Clima – Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas e do grupo de pesquisadores responsável pelo tema transversal de Comunicação do INCT Mudanças Climáticas Globais, conta com a participação de pesquisadores de diversas instituições brasileiras ligados à educação, comunicação, antropologia, história, filosofia, artes etc, e tem feito acontecer o projeto desta Revista, a ClimaCom.
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