Perceber-fazer floresta I

A ClimaCom segue com a série de residências entre artes, ciências e ancestralidades com a proposta “Perceber-fazer floresta”. A proposta resulta de uma parceria do grupo multiTÃO: prolifer-artes sub-vertendo ciências, educações e comunicações, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com as aldeias Baré e Karapãna, em Manaus, o Instituto de Artes da Unicamp e o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, ambos da Unicamp, o Instituto de Saúde e Sociedade, da Universidade Federal de São Paulo e o Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS). Foram abertas 6 vagas para artistas da Rede Latino-Americana de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas. A programação foi pensada presencial e online para o período de 05/2023 a 12/2023. Os trabalhos, individuais e coletivos, resultantes da residência serão reunidos na exposição “Tierra” aprovada para realização na Galeria Gaia da Unicamp de 23 de maio a 23 de junho de 2024.

 

ARTISTAS PARTICIPANTES | Kellen Vilharva, Lilian Maus, Marina Guzzo, Sylvia Furegatti, Paulo Telles e Susana Dias

Esta residência artística propõe a vivência das florestas, das matas, dos matos. Partimos da percepção de que é preciso proliferar florestas por todas as partes. Como diz o filósofo indígena Ailton Krenak é preciso começar a produzir floresta como “subjetividade”, como “uma poética de vida”. Diz ele: “cultivem essa lógica dentro de vocês, diminuindo a velocidade, essa tensão que a vida implica, e criem uma essência afetiva, colaborativa, que é a natureza da floresta”. Para isso, precisamos aprender a dar atenção às plantas, aos fungos, aos animais, às forças, aos seres que sabem perceber-fazer floresta, saber criar modos de viver junto afirmativamente. Nesta proposta buscaremos entrar em conexão com práticas de líderes indígenas, escultores, performers, fotógrafos, desenhistas, biólogas, meteorologistas, engenheiros e mães de santo que têm feito floresta em suas práticas. O foco da residência serão as práticas realizadas por essas pessoas para ganhar intimidade com as florestas, as matas, os matos e que colaboram para tornam a Terra habitável. Entre cozinhar, caminhar, cantar e contar, mergulharemos juntos em processos de atenção aos materiais, aos procedimentos e aos acontecimentos que se instauram nas passagens entre um material e outro, entre um gesto e outro.

Programação “Perceber-fazer floresta”- Residências ClimaCom

  1. Encontro online com Natalice Vilharva, da etnia Guarani Kaiwoa (junho de 2023)
  2. Encontro online com Claudia Baré, da etnia Baré (junho 2023)
  3. Encontro online com David Lapola, do projeto Amazon-Face e Cepagri-Unicamp (junho de 2023)
  4. Viagem para Manaus – visita ao experimento AmazonFace, vivência com a comunidade da aldeia Baré, visita ao Parque das Tribos, vivência com a comunidade da aldeia Karapãna, visita ao Centro de Medicina Indígena da Amazônia, visita ao Bosque da Ciência do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) (julho de 2023)
  5. Encontro online com Lilian Fraji, da residência artística Lab-Verde e Mirian Steinberg, da residência artística Reflorestar-se (novembro de 2023)

 

Equipe

Coordenação geral

Susana Dias – Labjor-Unicamp

Cocoordenação – Kellen Vilharva, Lilian Maus, Marina Guzzo, Sylvia Furegatti e Paulo Telles

 

Parceria

aldeia Baré em Manaus, aldeia Karapãna em Manaus, experimento Amazon-Face em Manaus, IA-Unicamp, Cepagri-Unicamp, Unifesp, URGS.

 

Projetos

As Residências ClimaCom são uma ação do projeto “Perceber-fazer floresta – alianças entre artes, ciências e comunicações diante do Antropoceno” (Fapesp 2022/05981-9), coordenado por Susana Oliveira Dias.

 

Financiamento

Fapesp, Diretoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp e Faepex-Unicamp