Um Papa em tempos de urgência


Evandro de Martini[1]

 

No último dia 3 de agosto o Papa Francisco recebeu no Vaticano a mãe de Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro durante a Intervenção Federal. Poucos dias antes de levar quatro tiros na cabeça com balas vendidas à Polícia Federal em 2006, Marielle tinha escrito: “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra aos pobres acabe?” e “Precisamos gritar para que todos saibam o que está acontecendo em Acari[2] nesse momento” (YAROCHEWSKY, 2018).

Em junho, um assessor do líder católico foi proibido de visitar Lula na Polícia Federal em Curitiba. A mídia hegemônica classificou o caso como “fake news”, mas o Vaticano confirmou que o ex-presidente recebeu um terço abençoado pelo Papa.

O Brasil de 2018 tem tantas urgências que é difícil olhar ao redor. Mas vamos esquecer por um momento as mortes e prisões nossas de cada dia: desde 2015, com a encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco tem surpreendido muitos católicos. Isolada há muito tempo das inovações políticas, morais e intelectuais, limitada a manter a doutrina da fé, a moral e os bons costumes, de repente a Igreja Católica entra nas disputas mais sérias do nosso século e quer participar na marcha da História (LATOUR, 2015a). Como chegaram a esse ponto? Para tentar entender, vamos começar pela Amazônia.

Em janeiro de 2018, o líder católico visitou o Chile e o Peru, ou seja, seu avião sobrevoou o Brasil de Temer, maior país católico do mundo, onde ele não quis pousar. Junto a comunidades indígenas da Amazônia peruana, Francisco (2018) disse que os povos amazônicos “nunca estiveram tão ameaçados quanto agora”, o que não é pouca coisa considerando todas as ameaças desde 1492. Francisco também criticou, por um lado, o paradigma histórico da Amazônia como um armazém inesgotável de recursos naturais sem considerar seus próprios habitantes e, por outro, as políticas que promovem a “conservação” da natureza sem ter em conta o ser humano, neste caso os povo amazônicos. Lembrou que a Amazônia, além de constituir uma reserva da biodiversidade, é também uma reserva cultural. Nessa questão Natureza x Sociedade, o Papa se mostra alinhado ao que há de mais contemporâneo nas ciências, como veremos a seguir.

Além da divisão “natureza” x “sociedade”

Inúmeros pensadores mundiais têm apontado para a importância, hoje, de uma compreensão mais nuançada das relações entre sociedade e natureza. Para o francês Bruno Latour (2004), os graves problemas ecológicos e sociais globais estão unidos apesar de nossa insistência em dividir “natureza” e “sociedade”. Ele lembra que, especialmente hoje em dia, durante o Antropoceno[3], não existe mais natureza intocada: “A ‘natureza’ isolada de sua irmã gêmea ‘cultura’ é um fantasma da antropologia ocidental.” (LATOUR, 2015b, p. 221).

A norte-americana Anna Tsing lembra que a capacidade de alterar o mundo não é exclusiva aos humanos: os castores modificam o curso dos rios, as plantas alteram as características da atmosfera e do solo, no qual elas só conseguiriam viver sem os fungos e bactérias que transformam a matéria inorgânica em terra fértil. “Permitir apenas protagonistas humanos nas nossas narrativas não é só um viés humano ordinário; é uma agenda cultural ligada a sonhos de progresso via modernização.” (TSING, 2015, p. 155, tradução nossa). O espanhol Manuel Arias-Maldonado (2015) explica que nossa época é marcada não pela natureza intocada, mas pelo “emaranhado socionatural”. Ele argumenta que a noção de Antropoceno necessariamente traz consequências morais à ciência: reconhecer que os humanos transformaram toda a Terra também significa que eles – nós – temos uma responsabilidade sobre o planeta, como habitat da espécie humana e de outras espécies. Distanciando-se de um ponto de vista tecnocrático, Arias-Maldonado propõe democratizar o Antropoceno: as decisões sobre como lidar com os problemas socioambientais precisam ser debatidas e tomadas pela sociedade, sair do papel e ser implementadas pelas instituições políticas.

O norte-americano Julian Steward (1902-1972) trouxe à Antropologia o conceito de ecologia cultural, que o brasileiro Viveiros de Castro (2002, p. 327) atualizou com um significado duplo: “aspectos ecologicamente causados da cultura” e também “aspectos culturalmente construídos da ecologia”, dentro de uma “tendência geral a se abandonar a visão das sociedades como isoladas em tête-à-tête adaptativo com a natureza […]” (Ibid.). Finalmente, os mexicanos Toledo & Barrera-Basols (2015), preocupados com os processos de extinção da biodiversidade, de desaparecimento de línguas e de cultivares agrícolas, de diminuição da diversidade cultural, ressaltam a importância da memória biocultural, que se expressa na variedade de genes, línguas e saberes. Para eles, a atual crise civilizacional pode levar à “destruição da memória tradicional representada pelos saberes acumulados durante 10 mil anos de interação entre a sociedade humana e a natureza.” (Ibid., p. 243).

Em um mundo onde as instituições políticas e sociais raramente dão a devida atenção às questões socioambientais, uma importante ferramenta de sensibilização ambiental tem sido o foco nas espécies-bandeira: espécies carismáticas, que atraem a atenção das pessoas. A conservação das espécies-bandeira também beneficia outras espécies através da proteção de seus respectivos habitats, que por sua vez geram benefícios à sociedade. As ações para a conservação de espécies-bandeira interagem com o contexto político-econômico e permitem a conservação de estruturas que as pessoas usam para achar seu lugar no mundo (JEPSON & BARUA, 2015). Por exemplo, em 1972 o tigre tornou-se símbolo oficial da Índia, substituindo o leão, símbolo do império britânico. Essa mudança, que pode ser lida pela abordagem do pós-colonialismo, deu origem à criação de 50 reservas (tiger reserves) de importante papel socioeconômico ao protegerem mananciais de água e abrigarem polinizadores importantes para a agricultura (VERMA et al., 2017).

No Brasil, os primatas e as tartarugas-marinhas estão entre as principais espécies-bandeira que vêm cativando o público. Os quatro micos-leões e o muriqui, para Couto-Santos et al. (2004), são as espécies que mais contribuíram para a popularização da Mata Atlântica no Brasil e no mundo nas últimas décadas. No litoral, as ações para a conservação das tartarugas marinhas têm papel relevante: desde 1980, as bases do Projeto Tamar têm buscado uma aproximação com os pescadores e outros moradores próximos às principais praias de desova. Com baixos rendimentos e poucas alternativas, muitos deles usualmente coletavam ovos de tartarugas para consumo e venda como estratégia de sobrevivência. O povo local teve de ser incluído nos projetos de conservação, através da geração de benefícios diretos e indiretos para estas comunidades (ROCHA et al., 2013). Com a renda do turismo e de outras atividades, hoje uma tartaruga viva vale mais do que uma morta. Graças ao trabalho de longo prazo com as populações locais, além da sensibilização da sociedade em geral e de outras frentes adotadas pelo Projeto Tamar e por outras instituições ao longo de mais de 35 anos, as populações brasileiras de quatro espécies de tartarugas marinhas começam a apresentar sinais de recuperação (CEGONI et al., 2015; CORREIA et al., 2016).

O grito da terra e dos pobres

Após essa breve apresentação sobre como o pensamento do Papa sobre as relações íntimas entre “natureza” e “sociedade” corresponde ao que há de mais avançado no século XXI, veremos a seguir como Francisco, em linguagem bastante diferente da dos acadêmicos, com metáforas potentes, vem apresentando às pessoas de todo o mundo a urgência de uma síntese entre as abordagens ecológica e social. Trata-se talvez da única possibilidade que temos de deixar um planeta habitável para nossos filhos e netos.

Resumirei aqui o comentário do famoso filósofo francês Bruno Latour à encíclica Laudato Si’, carta endereçada pelo Papa Francisco aos católicos e também a todas as pessoas do nosso planeta. Latour é um estudioso da antropologia dos Modernos, do Antropoceno, das crises ecológicas, e um defensor da resolução de conflitos pela diplomacia e pelo composicionismo, que é o contrário do fundamentalismo – esteja este à direita ou à esquerda, na monocultura ou no multiculturalismo.

Para Latour (2015a), o Papa escreveu uma encíclica audaciosa e de grande importância no contexto atual, mas muitos fiéis taparam as orelhas para não ouvir a voz que exige mudanças urgentes: “O está a acontecer põe-nos perante a urgência de avançar numa corajosa revolução cultural” (FRANCISCO, 2018, §114).

O filósofo francês aponta duas inovações consideráveis que tornam a potência renovadora de Laudato Si’ tão forte: a ligação da ecologia com a injustiça, e o reconhecimento de que a própria terra pode agir e sofrer.

Curiosamente, essas duas inovações estão ligadas a uma palavra: “clamor” (no original em italiano: “grido”), do qual Francisco se faz o amplificador e o intérprete: “Uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres” (FRANCISCO, 2018, §49, grifo no original).

É uma mudança de enorme importância: não é mais possível pensar em defender ou preservar a “natureza” e fechar os olhos para as desigualdades, as injustiças, a miséria. E nem o inverso: pensar nas pessoas esquecendo o planeta onde habitam. É antiquada e absurda a oposição que muitos ainda fazem, no xadrez da política, entre os que se preocupam com as “questões ecológicas” e os que dão prioridade às “questões sociais”. Ao mesmo tempo, é uma estratégia que enfraquece tanto a terra como os pobres: o famoso dividir para conquistar. Latour explica:

Na encíclica, a questão é resolvida em uma única frase: o clamor é um só, e quem está gritando não são os defensores da ‘ecologia’ ou da ‘sociedade’, mas ‘a terra’ e ‘os pobres’. Todas as palavras contam: a terra não é qualquer parte da natureza; os pobres não são quaisquer humanos, pessoas em geral. O que torna esse grito ainda mais violento para aqueles que se dispõem a escutá-lo, é que ele continua ainda inarticulado (LATOUR, 2015a, p. 2, tradução nossa).

Mas como podemos falar de um grito emitido pela terra? É aí que reside a segunda inovação: “Estas situações provocam os gemidos da irmã terra[4], que se unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que exige de nós outro rumo. Nunca maltratamos e ferimos a nossa casa comum como nos últimos dois séculos” (FRANCISCO, 2018, §53).

Um clamor, um gemido, um lamento não é uma mensagem, uma doutrina, um slogan, uma opinião; é algo que chama a atenção e, apesar de não ser articulado em palavras, exige ações inadiáveis.

Latour (2015a) considera importante lembrar a origem latino-americana de Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio na Argentina. No continente que sofreu a tomada mais violenta de sua terra, o clamor da Terra e dos pobres pode ser escutado de forma bem diferente da Europa, diz ele, e é especialmente verdade no país que mais mata ambientalistas no mundo. Esse clamor era o que movia Chico Mendes, a irmã Dorothy, o padre Amaro (os dois primeiros assassinados, o último, preso durante três meses pela Justiça do Pará).

O grito dos pobres cariocas que Marielle amplificava era, no fundo, o mesmo grito: tudo indica que o aquecimento global, a derrubada das florestas, a poluição dos rios e oceanos e todas as outras agressões à Terra estão afetando primeiro e principalmente os mais pobres.

Em tempos de Antropoceno, de extinções em massa, de lamentos da Terra arrasada e dos pobres que são o elo mais fraco da corrente, Latour (2015a) conclui que a religião é obrigada a falar do cosmos: da ciência, da economia, da irmã terra e dos pobres que Jesus sempre defendeu. Dando um exemplo raramente seguido por líderes políticos que ainda separam “questões sociais” e “questões ambientais”, o Papa Francisco afasta-se de religiosos que elegem como principal preocupação do nosso século a vida sexual dos anjos (ou do Homo sapiens), e destaca-se como uma das personalidades globais mais importantes no trabalho urgente, inadiável e coletivo com o objetivo de manter um planeta habitável para nós e para as próximas gerações.

 

Bibliografia

ARIAS-MALDONADO, Manuel. Environment and Society: Socionatural Relations in the Anthropocene. Londres: Springer, 2015.

CEGONI, C.T.; GOLDBERG, D.; WANDERLINDE, J.; GIFFONI, B.; ROGERIO, D.W. Centro de Visitantes Projeto Tamar Sul: uma ferramenta de sensibilização ambiental In: Congresso da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil, 39, Foz do Iguaçu, Resumos, 2015. Disponível em: <http://www.tamar.org.br/publicacoes_html/pdf/2015/2015_Centro_de_Visitantes_Projeto_Tamar_Sul_uma_ferramenta_de_sensibilizacao_ambiental.pdf>. Acesso em: 13 set. 2018.

CORREIA, Jozelia M. de S.; SANTOS, Ednilza M. dos; MOURA, Geraldo J. B. de (org.). Conservação de Tartarugas Marinhas no Nordeste do Brasil: Pesquisas, Desafios e Perspectivas. Recife: EDUFRPE, 2016.

COUTO-SANTOS, F. R.; MOURTHÉ, I. M. C.; MAIA-BARBOSA, P. M. Levantamento preliminar da concepção de jovens estudantes sobre a conservação de primatas da Mata Atlântica em duas instituições não-formais de ensino. Rev. Ensaio, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p.145-155, 2004.

FRANCISCO, Papa. Carta Encíclica Laudato si’ – Sobre o cuidado da casa comum. Vaticano, 2015. Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/dam/francesco/pdf/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclicalaudato-si_po.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018.

FRANCISCO, Papa. Discurso em Puerto Maldonado, Peru, 19. jan. 2018. Disponível em:<http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2018/january/documents/papa-francesco_20180119_peru-puertomaldonado-popoliamazzonia.html>. Acesso em: 10 set. 2018.

JEPSON, P. & BARUA, M. A Theory of Flagship Species Action. Conservation and Society, v. 13, n. 1, p. 95-104, 2015.

LATOUR, Bruno. Politics of nature: How to bring the sciences into democracy. Cambridge: Harvard University Press, 2004.

LATOUR, Bruno. La grande clameur relayée par le Pape François. In: Laudato Si, Edition commentée. Paris: Parole et silence Editions, p. 221-229, 2015a. Disponível em: <http://www.bruno-latour.fr/node/642>. Acesso em: 13 set. 2018.

LATOUR, Bruno. Fifty shades of green. Environmental Humanities, v. 7, p. 219–25. Durham, EUA, 2015b.

ROCHA V., MARCOVALDI, M. A., CAMARGO, M. L. Educação ambiental do projeto tamar: estratégia para a conservação das tartarugas marinhas. In: VI Jornada, VII Reunión de Conservación e Investigación de Tortugas Marinas en el Atlántico Sur Ocidental, p. 228. Piriápolis, 2013. Disponível em: <http://www.tamar.org.br/publicacoes_html/pdf/2013/2013_Educacao_ambiental_do_Projeto_Tamar_Estrategia_para_a_Conservacao_das_Tartarugas_Marinhas.pdf>. Acesso em: 13 set. 2018.

TOLEDO, Victor M. & BARRERA-BASSOLS, Narciso. A memória biocultural: a importância ecológica das sabedorias tradicionais. São Paulo: Expressão Popular, 2015.

TSING, Anna L. The Mushroom at the End of the World. New Jersey, EUA, Princeton University Press, 2015.

VERMA, M. et al. Making the hidden visible: Economic valuation of tiger reserves in India. Ecosystem Services, v. 26, p. 236–244, 2017.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

YAROCHEWSKY, Leonardo Isaac. “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”. Justificando, São Paulo, 2018. Disponível em: <http://www.justificando.com/2018/03/15/quantos-mais-vao-precisar-morrer-para-que-essa-guerra-acabe/>. Acesso em: 13 set. 2018.

 

Recebido em: 15/10/2018

Aceito em: 15/11/2018


[1] Engenheiro Ambiental, Técnico Ambiental e Pesquisador no Centro Tamar/ICMBio. E-mail: evandro.martini@icmbio.gov.br

[2] Acari é um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. No dia 10/03/2018 Marielle ainda escreveu, sobre Acari: “Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores.”

[3] A noção de Antropoceno, proposta em 2000, sugere que as mudanças causadas pelos seres humanos nos sistemas naturais do planeta são tão grandes que a Terra teria saído da era geológica anterior, o Holoceno.

[4]  A expressão “irmã terra” aparece no Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis.

 

Um Papa em tempos de urgência

 

RESUMO: Para muitos pensadores contemporâneos, é falsa, antiga e absurda a oposição entre as pessoas que se preocupam com as “questões ecológicas” e aquelas que dão prioridade às “questões sociais”. Para Bruno Latour, essa separação é um fantasma dos ocidentais. Este ensaio busca relatar o quanto o Papa Francisco tem se alinhado a este ponto de vista, unindo críticas à crise civilizacional global à defesa da Terra e dos pobres. Agindo assim, ao contrário da maioria dos líderes globais, Francisco torna-se uma das personalidades mais importantes no trabalho urgente, inadiável e coletivo com o objetivo de manter um planeta habitável para nós e para as próximas gerações.

PALAVRAS-CHAVE: Natureza. Sociedade. Antropoceno.

 


A Pope in times of urgency

 

ABSTRACT: For several contemporary thinkers, the opposition between people who are preoccupied by “ecological issues” and those who put “social issues” first is a false, old-fashioned and absurd opposition. For Bruno Latour, this separation is a ghost of western thought. This essay seeks to show how much Pope Francis has aligned himself with this view, joining critiques to the global civilizational crisis and the defense of the Earth and the poor. In doing so, unlike most global leaders, Francis becomes one of the most important personalities in the urgent collective work with the goal of maintaining a livable planet for us and the next generations.

KEYWORDS: Nature. Society. Anthropocene.

 


BAIXAR O ENSAIO EM PDF

MARTINI, Evandro de. Um Papa em tempos de urgência. ClimaCom Inter/Transdisciplinaridade [online], Campinas, ano 5, n. 13, dez. 2018. Available from: https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/?p=9983