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CHAMADA PARA PUBLICAÇÕES: Dossiê “Desastres”

Editores.as: Gabriel Cid de Garcia (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), Jose Antonio Marengo Orsini (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden), Eduardo Mario Mendiondo (Universidade de São Paulo – USP), Viviana Aguilar-Muñoz (Cemaden e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe) e Susana Oliveira Dias (Universidade Estadual de Campinas -Unicamp).

Os artigos, ensaios, resenhas e produções artísticas e culturais devem ser adequados às normas para publicação e enviados à Comissão Editorial até o dia 30 de setembro de 2023 por meio eletrônico para climacom@unicamp.br. O dossiê será publicado a partir de novembro de 2023.

Leia a proposta do dossiê e conheça as normas de publicação da ClimaCom.

 

 

Desastres

Cada vez mais vivemos em uma era de desastres. De saída, a intensificação dos eventos climáticos extremos amplia o cenário de incertezas e catástrofes, caracterizado pelo Antropoceno. A destruição e a ruína ambiental, não raramente associadas às narrativas do fim do mundo, parecem evocar a ausência de expectativas e de futuros para os seres humanos, dando a ver a dimensão da nossa passividade. De que mundo(s) estamos falando? Se, por um lado, as mudanças climáticas nos demonstram a falência dos modos distanciados de se compreender o ambiente, por outro, suas consequências nos situam em cenários de iminência e desolação globais – a globalização das ameaças, como pontuou Stengers –, diante dos quais os modos de resistir se fazem necessários. O Antropoceno é o cenário deste embate onde coagulam-se modos de existir, habitar a Terra, e os movimentos que operam suas apropriações, ora limitando suas forças, ora conjurando sua radicalidade e novidade. Podemos dizer, seguindo Maurice Blanchot, que o desastre é sua própria iminência, desorienta nossas certezas e as pretensões humanas. Pensar o desastre é sempre já adentrar um movimento de encontro com a impossibilidade do pensamento. Deste modo, como nos aproximar do desastre? Como escrever e pensar na medida de sua iminência, na desorientação que ele provoca? Como antecipar o desastre e tornar esse gesto politicamente potente? Como fazer escuta às ciências, artes e filosofias que, de diferentes modos, buscam medir e alertar quanto aos desastres? Como comunicar o desastre? Como interrogar as lógicas dominantes da informação e opinião que banalizam e espetacularizam o desastre tornando a comunicação impotente?

Diante da histórica associação entre natureza e valor, e da tradicional naturalização da ideia de separação entre a ciência, a cultura e a política, advém um projeto de Humanidade que se vale do apagamento de sua própria animalidade, das diferenças e das singularidades que constituem os seres e suas relações. A passividade a que nos impele o desastre nos indica possíveis caminhos de resistência por meio da recusa, da mitigação como criação, abrindo caminhos para formas heterogêneas de relação com o mundo, opostas à fixidez e imutabilidade de um estado de coisas avesso à renovação. Dos furacões às enchentes, das queimadas às secas, ecocídios e genocídios, nos convocam a pensar no vetor totalizante do capitalismo, nas desigualdades sociais decorrentes da marcha para o progresso e para o desenvolvimento. O desastre, neste sentido, distanciando-se do natural e da fixidez associada à ideia de natureza, nos permite entrever estas temporalidades outras do pensamento, que renuncia à pretensão humanizadora dos gêneros e essências, diante da diversidade dos arranjos e dos parentescos que a vida nos oferta em sua multiplicidade. Perceber o soçobrar das formas, seu caráter contingente, nos aparece como componente ética aberta à incessante co-criação de mundos e futuros possíveis.

 

Gabriel Cid de Garcia, Jose Antonio Marengo Orsini, Eduardo Mario Mendiondo, Viviana Aguilar-Muñoz e Susana Oliveira Dias, outono de 2023.

 

 

ClimaCom – NORMAS PARA A PUBLICAÇÃO

SEÇÃO PESQUISA

SUBMISSÃO DE ARTIGOS, ENSAIOS E RESENHAS

A Revista ClimaCom recebe artigos, ensaios e resenhas originais para publicação nos Dossiês para os quais faz chamadas temáticas, e também recebe artigos, ensaios e resenhas originais em fluxo contínuo. Os autores deverão observar o tempo de 2 anos para nova publicação na ClimaCom.

As contribuições são avaliadas pela Comissão Editorial e por pareceristas ad hoc, por meio de revisão às cegas, reservando-se o direito da Revista de propor modificações com a finalidade de adequar os artigos e demais trabalhos aos seus padrões editoriais.

Os originais submetidos à Revista não podem estar em processo de avaliação simultânea em outra publicação e devem ser inéditos no Brasil, cabendo ao Conselho Editorial avaliar a conveniência de publicar ou não trabalhos já divulgados em outros idiomas por revistas e órgãos editoriais de outros países.

Cabe à Comissão Editorial uma análise preliminar dos originais recebidos, a fim de verificar a conformidade com as linhas editoriais e as normas da Revista, podendo recusá-los ou encaminhá-los, caso aprovados, para processo de avaliação com vistas à sua publicação ou não. Poemas e outras modalidades de produção artístico-literária e iconográfica são também publicados, mas unicamente mediante convite da Comissão Editorial.

É condição para a publicação dos materiais a adequação à linha editorial da revista, o cumprimento das normas e a revisão prévia.

Instruções aos colaboradores:

Apreciação pela Comissão Executiva Editorial

Os trabalhos serão, primeiramente, apreciados pela Comissão Editorial Executiva, que solicitará pareceres aos Consultores ad hoc, que permanecerão anônimos. Os artigos serão encaminhados aos consultores sem identificação. Os autores serão notificados da aceitação ou recusa de seus artigos.

Quando forem indicadas modificações substanciais, o autor será notificado e poderá realizá-las, devolvendo o trabalho reformulado dentro do prazo estabelecido pela Comissão. Antes da publicação dos trabalhos, os pareceres serão enviados aos autores. Caso os autores não levem em consideração os apontamentos e sugestões de correção contidas nos pareceres, o texto não será publicado.

A decisão final acerca da publicação ou não do trabalho caberá sempre à Comissão Editorial Executiva.

ARTIGOS

Serão aceitos artigos inéditos em português, espanhol e inglês com o mínimo de 5 páginas (para as áreas de exatas e naturais) e 10 páginas (área de humanas) e o máximo de 30 páginas, excluindo as referências finais.

ENSAIOS

Serão aceitos ensaios inéditos em português, espanhol e inglês entre 2 e 15 páginas, excluindo as referências finais. Os ensaios caracterizam-se pela maior liberdade formal na exposição do tema de interesse do autor e de seus argumentos. Seu caráter é o de um exercício do pensamento, mas não desprovido de rigor.

RESENHAS

Serão aceitas resenhas de livros indicados pela Comissão Editorial Executiva em português e espanhol de até 8 páginas, incluindo as referências finais.

FORMATAÇÃO PARA ARTIGOS, ENSAIOS E RESENHAS

Os artigos, ensaios e resenhas deverão obedecer estritamente à formatação apresentada nos respectivos templates (margens, tamanho da folha, espaçamentos, tamanho de fonte, estilos etc.), que trazem também exemplos das normas para citação e referenciação. Os casos não exemplificados deverão ser consultados nos documentos da ABNT linkados abaixo.

Template para artigo ClimaCom

(baixe o template em word aqui)

Template para ensaio ClimaCom

(baixe o template em word aqui)

Template para resenha

(baixe o template em word aqui)

1) Serão aceitos arquivos somente nos formatos Microsoft Word 97-2003 ou versão superior.
2) A avaliação dos pareceristas ad hoc será anônima, por isso deverão ser enviados dois arquivos: um com autoria e outro sem os nomes dos autores e sem qualquer informação que identifique autoria. No lugar dessas informações deverá ser usada a palavra AUTOR.
3) As citações deverão seguir a NBR 10520 – 2002;
4) As referências deverão seguir a NBR 6023 – 2002;
5) Para o uso de Figuras ver tópico 5.9 da NBR 14724 – 2011;
6) Para os artigos, havendo o uso de Quadro e Tabela devem deve ser consultadas as Normas IBGE completo, ou Normas IBGE simplificado;
7) As únicas expressões latinas que poderão ser usadas no corpo do texto e nas notas ao final, quando necessário, é apud e a abreviatura et al.

SEÇÃO ARTE

SUBMISSÃO DE PRODUÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS

Esta seção atua como um espaço expositivo da revista, no qual podem ser publicadas produções artísticas e culturais nas mais diversas modalidades (vídeo, áudio, fotografia, escrita, pintura, desenho, etc.) que possam multiplicar pensamentos em torno das mudanças climáticas na relação com o tema proposto por cada edição da revista.  Também podem ser submetidos registros de produções (instalações, oficinas, exposições, intervenções, etc.), em formato digital para publicação.

A comissão julgadora das produções artísticas e culturais é composta pelo Conselho Editorial e avaliará as submissões com base nas seguintes normas:

1) A Revista ClimaCom é uma publicação eletrônica, por isso TODAS as produções submetidas devem ser convertidas em formato digital (áudio, vídeo ou imagem).

2) As produções devem vir acompanhadas de arquivo em doc do word contendo:

  • dados do(s) autor(es) (nome, instituição, e-mail, telefone);

  • título da produção;

  • resumo de no máximo 500 palavras;

  • no caso das produções audiovisuais, deve conter ainda o link em que o arquivo se encontra disponível para avaliação;

  • FICHA TÉCNICA da produção no arquivo com as seguintes informações, quando for pertinente ao trabalho: título da obra, autor, diretor, roteirista, editor, coordenador, técnica, fotógrafo/câmera, música original, financiamento, projeto, país de produção, ano de produção.

3) As produções audiovisuais serão analisadas através de endereço eletrônico gerado pelo youtube ou vimeo, e, no caso das produções aceitas para publicação, o arquivo deve ser encaminhado via CD/DVD para o endereço da revista.

4) As produções submetidas em imagem digital devem possuir resolução mínima de 72 dpi, e com 1024 pixels no maior lado da imagem, nos formatos JPEG, GIF ou PNG.

5) O(s) autor(es) poderão submeter até 1 série de imagens, é aconselhado que cada série seja composta de até 10 imagens (se necessário a equipe da revista poderá efetuar alterações na qualidade e tamanho das imagens, para melhor adequação aos parâmetros da revista, após consultar os autores).

6) Caso seja necessário, um representante da revista entrará em contato com os responsáveis pelas obras selecionadas, por e-mail ou telefone, solicitando o envio de cópias autenticadas dos documentos exigidos por lei, tais como licença ou cessão de direitos autorais, autorização das pessoas filmadas para exibição de sua voz e imagem, autorização para uso de fonograma, músicas, obras audiovisuais, fotográficas ou de outros direitos autorais que sejam relacionados com o vídeo inscrito.

7) O produtor é responsável pela utilização de imagens ou músicas de terceiros em seus trabalhos. Todos e quaisquer ônus por problemas de direitos autorais recairão exclusivamente sobre o realizador do trabalho inscrito.

8) As submissões serão realizadas através do e-mail: <climacom@unicamp.br>. O(s) autor(es) deve(m) encaminhar no e-mail o arquivo PDF com os dados, título, link, resumo e ficha técnica da produção, junto às imagens que compõem a série.

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