Por | Talita Gantus de Oliveira
Editora | Susana Dias
O crescimento exponencial da frequência e magnitude de desastres deflagrados por eventos hidrológicos e geológicos vem acarretando um problema crônico no âmbito do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC). Em vista das dificuldades enfrentadas no cenário atual de gestão de riscos e desastres, cientistas e técnicos que atuam no poder público explicam as defasagens e narram as experiências bem-sucedidas de modos de gestão mais efetivos, no intuito de fortalecer a resiliência dos ecossistemas urbanos diante do enfrentamento da crise climática – construindo caminhos rumo a outros futuros possíveis.
Em entrevista, Regina Alvalá, que é doutora em meteorologia pelo INPE e pesquisadora do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) – órgão alocado no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação –, enfatiza que “há uma ciência por trás da gestão de riscos e desastres”. A gestão de riscos e desastres (GRD) se estrutura nos seguintes eixos: redução do risco, comunicação do risco e ações de resposta. “Para a atuação em qualquer um dos eixos, é preciso conhecer as áreas de risco. É preciso conhecer os riscos (onde estão, quais são, sua magnitude), monitorar, comunicar o risco e executar as ações de resposta”, afirma Regina. Contudo, a magnitude do risco relaciona-se também à vulnerabilidade socioambiental da população exposta a esse risco – o que inclui as condições sociais, econômicas e habitacionais.
(Leia a reportagem completa em PDF).