Encontro 1 | A carne de Gaia | Beá Meira

Título | A carne de Gaia| Béa Meira

Série “Confabulações poéticas diante da catástrofe” | Lilian Maus e Susana Dias (Org.)

Imaginamos estas conversas como pequenos abalos sísmicos para o pensamento. Um modo de fazer da poesia terremoto e provocar conexões surpreendentes entre arquipélagos ameaçados por inundações. Em tempos de catástrofes, é importante criar espaços-tempos para exercitar a escuta, o afeto, a reflexão, a fim de reinventarmos o habitar e o viver e sonhar juntos. O escritor Édouard Glissant chama a isso de exercitar o “pensamento do tremor”. Beá Meira é a primeira convidada desta série de conversas. Beá transpira desenho. Suas linhas nascem como vida e linguagem através de um olhar sensível e cuidadoso que dá atenção à intrusão de Gaia. Seus traços são riachos coloridos que correm pelas veias de uma Terra danificada pela mineração, monoculturas, queimadas e destruição dos territórios dos povos originários. Seus movimentos criativos nos fazem pensar nas potências das artes, educações e comunicações diante das catástrofes. Esta série de conversas é promovida pelos projetos “Perceber-fazer floresta: alianças entre artes, ciências e comunicações diante do Antropoceno” (Fapesp 2022/05981-9) e INCT “ONSEAdapta – Observatório Nacional de Segurança Hídrica e Gestão Adaptativa”(CNPq).