A Rede Latino-americana de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas reúne pesquisadores e pesquisadoras das humanidades, artes e comunicações a fim de pensar a questão do clima no tempo presente. Entre suas iniciativas, encontram-se as residências artísticas, cujo objetivo consiste em engajar artistas e cientistas na produção de pensamentos e criações que lidam com as mudanças climáticas, com os estudos multiespécies, com ontoepistemologias que desafiam a racionalidade ocidental.
A primeira delas foi a residência artística Seguir os Sapos, que ocorreu em março de 2023 selecionando duas artistas, Silvana Sarti e Rosana Torralba, para uma imersão em modos de viver e pensar junto aos sapos a partir da experiência de herpetólogos, biólogas, artistas e povos indígenas. Essa primeira experiência, organizada por Nathália Aranha e Susana Dias, inaugurou um pacto com a multiplicidade que eventos posteriores se desafiaram a honrar.
Na sequência, houve as duas edições da residência artística Perceber-Fazer Floresta, sendo a primeira na Amazônia em 2023 (com participação de Kellen Vilharva, Lilian Maus, Marina Guzzo, Sylvia Furegatti, Paulo Telles e Susana Dias) e a segunda em Campinas (com organização de Susana Dias, Marina Guzzo, Sylvia Furegatti (Unicamp), Paulo Telles, Kellen Natalice Vilharva, Lilian Maus, Alessandra Ribeiro, Claudia Baré e Emanuely Miranda). Em ambas ocasiões, buscou-se pensar junto e se conectar com cosmologias de povos tradicionais, como originários e quilombolas, dando atenção a gestos como cozinhar, montar, cantar, modelar, classificar, contar…
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