O excesso e a escassez: a água como questão de interesse | Fernanda Monteiro Rigue
Fernanda Monteiro Rigue[1]
Água(s)
Contorno(s)
Movimentação(ções)
Ressonância(s)
Enredamento(s)
Afecção(ções)
A água como questão
Este ensaio toma relevo com o objetivo de manifestar as forças intensivas que emergem quando se pensa acerca das águas, seu excesso e escassez na vida contemporânea.
Corpo-água-terra-abundância-escassez-vida.
Ao utilizar a linguagem química, a água é reconhecida como a combinação de dois elementos químicos distintos: oxigênio (um átomo de O) e hidrogênio (dois átomos de H). Nas aulas do componente curricular de ciências, no ensino fundamental, e de química, no ensino médio, estudantes de diferentes partes do território nacional são expostos a definições, classificações e relações químicas que tendem a questionar e destacar concepções gerais sobre essa importante estrutura molecular.
A imagem mental predominante propagada no ambiente escolar é a de que a água é incolor, sem odor e sem sabor. O que vem à mente dos/as estudantes, imediatamente, é a água que sai das torneiras, quando essa é uma possibilidade. No entanto, a composição dessa substância, que chega até os lares, inclui outras substâncias químicas, como cloro e flúor, utilizadas nos processos de tratamento (procedimentos químicos e físicos que visam tornar a água potável). Em alguns casos, agrotóxicos e metais pesados também podem ser encontrados na água potável que consumimos.
(Leia o ensaio completo em PDF)
Recebido em: 15/05/2025
Aceito em: 15/05/2025
[1] Universidade Federal de Uberlândia – Campus do Pontal. Email: fernandarigue@ufu.br
O excesso e a escassez: a água como questão de interesse
RESUMO: Este ensaio manifesta as forças intensivas que emergem quando se pensa sobre as águas, seu excesso e escassez na vida contemporânea. A água, enquanto questão de interesse, é o fio condutor da escrita, que alinha uma série de acontecimentos apontando para a urgência de nos envolvermos com a temática, como horizonte para desacelerar as mutações climáticas. Os processos educativos, aliados às perguntas que importam, ganham relevância como oportunidade para a emergência da cultura da simbiose. A ampliação do repertório docente, vinculada à formulação de seus próprios problemas e questões de interesse coletivo, é uma linha que pode contribuir para que se tornem capazes de abandonar as prescrições e os formatos escolares, rumo à incorporação de novas questões, como a que se coloca.
PALAVRAS-CHAVE: Educação. Mutação Climática. Vida.
Exceso y escasez: el agua como cuestión de interés
RESUMEN: Este ensayo manifiesta las fuerzas intensivas que emergen al pensar en el agua, su exceso y escasez en la vida contemporánea. El agua, como tema de interés, es el hilo conductor del escrito, que alinea una serie de hechos que apuntan a la urgencia de involucrarse con el tema, como horizonte para frenar el cambio climático. Los procesos educativos, combinados con preguntas que importan, cobran relevancia como oportunidad para el surgimiento de una cultura de simbiosis. La ampliación del repertorio docente, vinculado a la formulación de problemas propios y cuestiones de interés colectivo, es una línea que puede contribuir a que sean capaces de abandonar prescripciones y formatos escolares, hacia la incorporación de nuevas cuestiones, como la planteada.
PALABRAS CLAVE: Educación. Cambio climático. Vida.
RIGUE, Fernanda Monteiro. O excesso e a escassez: a água como questão de interesse [online], Campinas, ano 12, n. 28., jun. 2025. Available from: https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/o-excesso-e-a-escassez/