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SOBRE O LIVRO

Perceber-fazer florestas em multiTÕES. Perceber-fazer moradas na mata. Perceber-fazer morada-floresta. Experimentar conexões possíveis com múltiplos seres. Cocriar, rizomar, aprender, comunicar, artistar. Residir juntos, em coletivo. É a partir desses movimentos que este livro se engendra. Ele é um desdobramento da residência artística Perceber-fazer floresta II: cozinhar, caminhar, cantar, contar… que aconteceu na cidade de Campinas, no estado de São Paulo, Brasil, no período de 23 a 26 de maio de 2024. A mesma foi organizada pelo Grupo de Pesquisas multi TÃO: prolifer-artes sub-vertendo ciências, educações e comunicações (Unicamp/CNPq) e Comunidade Jongo Dito Ribeiro e contou com a participação, sobretudo, de integrantes da Rede Latino-americana de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas, vindo de países como Argentina, Chile, Colômbia, México, Espanha, e de diferentes cantos do Brasil. Esta residência artística propôs a vivência das florestas, das matas, dos matos. Partimos da percepção de que é preciso proliferar florestas por todas as partes, em todos os cantos, com todos os seres. Como diz o filósofo indígena Ailton Krenak (2021) é preciso começar a produzir floresta como “subjetividade”, como “uma poética de vida”. Diz ele: “cultivem essa lógica dentro de vocês, diminuindo a velocidade, essa tensão que a vida implica, e criem uma essência afetiva, colaborativa, que é a natureza da floresta”. Para isso, precisamos aprender a dar atenção às plantas, aos fungos, aos animais, às bactérias, aos vírus, às forças, aos movimentos, aos seres que sabem perceber-fazer floresta, sabem viver junto afirmativamente. Nesta proposta buscamos entrar em conexão com práticas de líderes indígenas, cozinheiras, performers, fotógrafos, engenheiros, desenhistas, biólogas, historiadoras e mães de santo. O foco da residência aconteceu justamente nas práticas realizadas por essas pessoas para ganhar intimidade com as florestas/matas/matos e que colaboram para tornar a Terra/ terra habitável. Entre cozinhar, caminhar, cantar, contar… mergulhamos juntas.es.os em processos de atenção aos elementos que nos circundam, aos pro cedimentos e aos acontecimentos que se instauram nas passagens entre um material e outro, entre um gesto e outro, entre um espaço e outro, entre um encontro e outro.

ACERCA DEL LIVRO

Percibir-hacer bosques en multitudes une todes. Percibir-hacer devenir morada en el bosque vuelto habitación cósmica. Percibir-hacer morada bosque y demorarse en el horizonte. Experimentar conexiones posibles con múltiples seres multiplicados en el infinito actual. Co-crear, rizomar, aprender, comunicar, poetizar. Vivir juntos, en colectivos singulares plurales. Y es a partir de estos movimientos telúricos que se engendra este libro. En la ivaginación de la Madre Tierra telúrica y orgásmica. Es un devenir que cartografía líneas de fuga y agenciamientos de la residencia artística Perceber-fazer Floresta II: cozinhar, caminhar, cantar, contar… cuyo acontecimiento tuvo lugar en Campinas, en la Campiña acogedora y dionisíaca, en el estado de São Paulo, Brasil, del 23 al 26 de mayo de 2024. Fue organizado por el Grupo de Pesquisas multiTÃO: prolifer-artes sub-vertendo ciências, educações e comunicações (Unicamp/CNPq) y la Comunidad Jongo Dito Ribeiro y contó con la participación, sobre todo, de miembros de la Red Latinoamericana de Divulgación Científica y Cambio Climático, provenientes de países como Argentina, Chile, Colombia, México, España y distintos rincones de Brasil. Esta residencia artística propuso la experiencia de bosques, selvas, matas y matorrales. Partimos de la percepción de que es necesario que florezcan flores tas y flores por doquier, en cada rincón, entre todos
los seres y aconteceres. Como dice el pensador indígena Ailton Krenak (2021), es necesario empezar a producir bosques como subjetiviciones arborescentes”, como poéticas de vida. Añade: “cultiva en ti esta lógica, frenando, esta tensión que implica la vida, y crea una esencia afectiva, colaborativa, que es la na turaleza del bosque”. Para ello es necesario aprender a prestar atención a las plantas, a los hongos, a los animales, a las bacterias, a los virus, a las fuerzas, a
los movimientos, a los seres que saben percibir y ha cer bosque y saben vivir y convivir afirmativamente. En esta propuesta buscamos potenciar conexiones con las prácticas de líderes y pueblos indígenas, cocineros, artistas del performance, fotógrafos, ingenieros, diseñadores, biólogos, historiadores, madres y abuelas sabias. El foco de la residencia estuvo precisamente en las prácticas que llevan a cabo estas personas para ganar intimidad con los bosques/florestas/ selvas y que contribuyen a hacer más hospitaliaria la Madre Tierra. Entre cocinar, caminar, cantar, contar y tantos otros verbos siempre activos y en presente, nos sumergimos juntos en procesos de atención a los elementos circundantes, a los procedimientos y acontecimientos que tienen lugar en los pasajes/paisajes entre un material y otro, entre un gesto y otro, entre un espacio y otro, entre un encuentro y otro.

 


Organização | Alessandra Ribeiro, Emanuely Miranda, Fernanda Pestana, Lilian Maus, Sigifredo Marin, Susana Dias e Tiago Sales (Org).

Autores de textos e ensaios imagéticos | Adrián Cangi, Ana Claudia M. T. Baré, Ana Maria Hoepers Preve, Antonio Almeida da Silva, Adriana Menegaz, Antonio Carlos Queiroz Filho, Ariana de Moraes Sarmento, Breno Filo Creão de Sousa Garcia, Corina Ilardo, Daniela García, Eduardo Pellejero, Elizabeth Vidal, Emanuely Miranda, Gabriel Cid de Garcia, Gabriel D. Gruber, Gabriela Leirias, Glòria Jové Monclús, Joilson da Silva Paulino Karapãna, Kellen Natalice Vilharva, Larissa de Souza Bellini, Lilian Maus, Mariana Vilela, Marina Guzzo, Michele Fernandes Gonçalves, Natália Aranha, Sandra Murriello, Santiago Arcila, Sigifredo Esquivel Marin, Silvana Sarti, Susana Dias, Tatiana Massaro, Tatiana Plens Oliveira, Teresita Ospina Álvarez, Tiago Amaral Sales, Valeria Cotaimich, Valeria Scornaienchi, Wallace Fauth, Wenceslao Machado de Oliveira Junior

Imagem de capa | Lilian Maus

Design de capa | Fernanda Cristina Martins Pestana

Imagens de Miolo | Lilian Maus

Projeto gráfico e diagramação | Fernanda Cristina Martins Pestana

Revisão | Ingrid Barbosa e Thamires Mattos

Tradução espanhol | Sigifredo Marin

Projetos | “Perceber-fazer floresta: alianças entre artes, ciências e comunicações diante do Antropoceno” (Fapesp 2022/05981-9)

 

 


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