Por: Emanuely Miranda[1]
Editora: Susana Dias
Em tempos de mudanças climáticas e políticas de morte, nossa relação com a terra/Terra se encontra gravemente enfraquecida. Diante desse contexto, como as artes e as ciências podem “se envolver na produção de mundos mais salutares e afirmativos”? Em sua dissertação, defendida pelo programa de Mestrado em Divulgação Científica e Cultural no âmbito do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), com orientação da profa. Dra. Susana Dias, a artista Mariana Vilela tateia respostas para essa pergunta através da criação do conceito-prática Corpo-Linha-Selvagem, dando atenção às práticas de coleta, esguedelho, carda e fiação.
Exercitar a presença
A infância de Mariana se desenrolou à beira de uma máquina de costura. Enquanto sua mãe cosia, emaranhava-se a retalhos e fios. Assim, ainda que sem saber ou tampouco planejar, tramava a si mesma, tornando-se a partir de então. Quando cresceu, veio a ser artista-artesã-pesquisadora. Dedicada a práticas como a performance e a fiação, enveredou-se pela pesquisa se desafiando a ativar dimensões amorosas, selvagens, relacionais e eróticas nas ciências, a fim de criar mundos possíveis e potentes diante do tempo que experimentamos chamar de Antropoceno. No dia 5 de fevereiro de 2024, formou-se mestra defendendo a dissertação intitulada “Corpo-Linha-Selvagem, um modo de fiar com uma terra viva”.
(Leia a reportagem completa em PDF).
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[1] Mestra em Divulgação Científica e Cultural pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), jornalista da ClimaCom, bolsista TT Fapesp no projeto INCT-Mudanças Climáticas Fase 2 financiado pelo CNPq (465501/2014-1), FAPESP (2014/50848-9) e CAPES (16/2014), sob orientação de Susana Dias. Integra o coletivo e grupo de Pesquisa | multiTÃO: prolifer-artes sub-vertendo ciências, educações e comunicações (CNPq). Email: emanuelymiranda.em@gmail.com