Ensaiando escritas entre derivas e travessias | Tiago Amaral Sales

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Tiago Amaral Sales[1]

Pensar é deixar-se perder pelo deserto, uma aventura no espaço liso, selvagem, potencialmente letal. (…) Linha de fuga, o refúgio no deserto ou em ilhas perdidas no meio do oceano imenso, pensar é a louca corrida da superação, não uma batalha, uma guerrilha ou uma briga a se comprar.

Tomaz Tadeu, Sandra Corazza e Paola Zordan (2004, p. 39-40)

 

Se este lugar não é meu, então qual é o meu lugar?

Portas se fecham.

Muros são levantados.

Cercas, arames farpados.

Negativas.

Violências.

Recusas. 

Aqui não!

Este não é o seu lugar!

Então qual é o meu lugar?

Onde é possível que eu exista?

Eu posso existir?

O que sou eu? 

Onde “eu” posso existir?

“Sujeito e nação não passam de ficções normativas que visam os processos de subjetivação e de criação social em constante transformação”, reflete Paul B. Preciado (2020, p. 38-39). 

Existiriam possibilidades, mesmo que moleculares, de quebrar com estes duros territórios do “eu”, do “país”, do “meu”?

[1] Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas, Mestre em Educação e Doutorando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Integrante do UIVO – Criação, arte e vida (UFU); e do GPECS – Gênero, corpo, sexualidade e educação (UFU). Bolsista CAPES. E-mail: tiagoamaralsales@gmail.com.

(Leia o ensaio completo em PDF).

 

Recebido em: 30/03/2022

Aceito em: 30/04/2022