Experiências e reflexões interdisciplinares na América do Sul: o interstício criativo
Patricia Benedita Aparecida Braga[1]
O conhecimento compartimentalizado e efetuado desde o século XIX, organizado estruturalmente em universidades, com base em uma política disciplinar e na cientificização geral dos saberes, decompôs o mundo em inúmeros fragmentos. Na contemporaneidade, esse conhecimento encontra limitações diante de fenômenos cada vez mais complexos, que exigem conhecimentos integrados, capazes de estabelecer confluências científicas e não científicas, assim como soluções socialmente válidas, em termos materiais e abstratos.
A confluência entre saberes é laboriosa, pressupõe a suspensão de verdades epistêmicas em relação a como analisar e resolver problemas teóricos e práticos, em espaços permeados por hegemonias e hierarquias, intra e interdisciplinares, institucionais e financeiras, mas passíveis de serem transformados e (re)configurados em espaços de construção de conhecimento(s) e verdade(s) interdisciplinares.
A “encruzilhada” visa a flexibilizar raciocínios, modos institucionais e práticas científicas e políticas, além de construir e coproduzir conhecimentos e soluções a fenômenos complexos, que transcendem a disciplinaridade, os muros acadêmicos e as cúpulas de tomadas de decisões (privadas ou públicas). É uma coprodução do conhecimento que almeja a democratização de entendimentos e soluções, um dever, e, como todo dever, uma mediação entre proposições abstratas que visam a “um mundo melhor” e à realidade desigual, hierárquica, conflitiva, que impede, muitas vezes, o avançar de outras possibilidades de mundo, outros “vir-a-ser” no/de mundo.
Nesse contexto, o livro Encrucijadas Interdisciplinares, organizado por Cecilia Hidalgo, Bianca Vienni e Claudia Simón, convida-nos a acompanhar etnografias sobre grupos interdisciplinares e transdisciplinares na América Latina e, principalmente, na América do Sul (Argentina, Brasil e Uruguai). Convida-nos, ainda, mediante os êxitos e os insucessos dessa empreitada, a refletir sobre o papel da antropologia e dos antropólogos nesses espaços construídos por meio de intersecções e sobre o poder desses profissionais em criar agendas inter e transdisciplinares. Incita-nos, também, a refletir de modo teórico e filosófico sobre ciência, política e pesquisa.
Amplamente fundamentadas em clássicos e contemporâneos da literatura sobre interdisciplina, transdisciplina, redes de conhecimento e prática, assim como “porta-vozes” dessas problemáticas em âmbito acadêmico e prático-institucional na América do Sul, Hidalgo e Vienni (2018) abrem o livro conceituando e criando pontos de encontro (cruces y encuentros) entre os autores do livro, que, por meio de suas perguntas e inquietações analíticas, perpassam de modo transversal essas definições.
Por interdisciplina, compreende-se
[…] a articulação de ideias, dados ou informação, métodos, ferramentas, conceitos ou teorias de duas ou mais disciplinas que buscam responder a uma pergunta, um problema ou produzir um novo conhecimento ou produto a fim de avançar no entendimento geral ou resolver problemas cujas soluções se encontram fora do alcance de uma disciplina ou área de pesquisa (BRUNN et al., 2005; FRODEMAN, 2010; NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES, 2005; LATTUCA, 2001; LYALL et al., 2010; REPKO, 2008; REOKO et al., 2011; ROMM, 1998; THOMPSON KLEIN, 1990; 1996; 2005; 2011; entre otros; apud VIENNI; HIDALGO, 2018, p. 10, tradução nossa).
E, de modo não hierárquico, a transdisciplina é entendida como uma articulação conjunta entre acadêmicos e atores sociais que colaboram na construção, no enquadramento e nas possíveis soluções de problemas complexos e socialmente relevantes (TRANSDISCIPLINARITY, 2009 apud VIENNI; HIDALGO, 2018).
Essas duas definições costuram de diversos modos o livro composto por doze capítulos, escritos por autores de diversas formações, como antropólogos, agrônomos, sociólogos, experts em marketing, dentre outros, conectados em redes de conhecimento (arranjos organizativos que transcendem os limites da academia) e de prática (sistemas sociais pelos quais os pesquisadores compartilham informações).
O fio condutor das reflexões é a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, ora vivenciadas e/ou analisadas, ora apresentadas como possibilidades de futuro diante dos limites disciplinares. Organizados de modo não linear, mas por diálogos, em termos de questões, reflexões e resultados, os capítulos podem ser agrupados em dois grupos. O primeiro, O clima em múltiplas dimensões, traz experiências e elucubrações teóricas e filosóficas, inter e transdisciplinares, que perpassam a problemática do clima em várias grandezas. O segundo grupo, denominado Experiências e traduções, de forma semelhante ao primeiro, agrupa reflexões de modo inter e transdisciplinar sobre temáticas diversas, assim como discorre sobre traduções/translações epistêmicas e organizativas.
O clima em múltiplas dimensões
No capítulo 1 intitulado “El giro colaborativo en las ciencias del clima: obstáculos para la provisión de servicios climáticos”, Hidalgo analisa as limitações institucionais em relação ao desenvolvimento, implementação e prestação de serviços climáticos na região da América do Sul, em termos de oferta da informação climática, assim como discute a demanda dos usuários dessa informação. Segundo a autora, a superação de obstáculos em torno da eficiência dos serviços climáticos pode vir a ser solucionada com a criação de capacidades institucionais e humanas, além da superação contínua de barreiras tecnológicas, financeiras, culturais e cognitivas, por meio de projetos interdisciplinares e transdisciplinares.
Em diálogo direto com Hidalgo, Carabajal, no capítulo 6, “Repensando el lugar de la antropologia en un espacio interdisciplinario de servicios climáticos en Argentina”, apresenta uma etnografia descritiva da “Reunión de tendencia climática trimestral”, que ocorre no Serviço Meteorológico Nacional (SMN), da Argentina. A etnografia destaca os vínculos interdisciplinares e intersetoriais que geram a produção do conhecimento climático, assim como analisa a presença de antropólogos pela perspectiva dos participantes, em termos de representações desses últimos sobre a ação profissional dos primeiros (os antropólogos) no espaço interdisciplinar.
Em continuidade com a reflexão sobre a produção de informações científicas e os seus usos por distintos usuários, o capítulo 2, de Simón, Vienni, Taks e Cruz, analisa a experiência transdisciplinar ocorrida no Uruguai, no projeto “Transferencia de conocimento climático en la interfaz ciencia-política para la adaptación a las sequias en Uruguai”, dentro do Sistema Nacional de Repuesta al Cambio Climático (SNRCC), criado em 2009, em decorrência da seca que assolou o país nos anos de 2008 e 2009.
O projeto, por meio de uma rede de conhecimento regional e de uma rede de prática nacional, (re)significou e coproduziu práticas e entendimentos, por meio de processos comunicativos, que provocaram o desenvolvimento de uma “nova” cultura acadêmica, voltada sobre como transferir e traduzir informações do “laboratório” (científicas) para a “realidade” social e política, a fim de beneficiar o usuário da informação e evitar novas perdas econômicas e humanas.
Ao norte da região da América do Sul, Rodrigues, no capítulo 4, intitulado “Experimentações cosmopolítias com as mudanças climáticas”, realiza reflexões sobre as ações da sub-rede de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas, da Rede Clima, para criar outras composições, outros “vir-a-ser” (INGOLD, 2012; HARAWAY, 2016; LATOUR, 1994; STENGERS, 2014), em relação à comunicação da crise ambiental em termos artísticos, a fim de restituir a dimensão especulativa, inventiva e/ou experimental das ciências humanas e sociais. O artigo analítico e propositivo expõe a necessidade de (re)pensar, de (re)fazer as transmissões científicas, potencializando o dizer, o escrever, o pensar, com o intuito de constituir e (re)constituir a força política, a força de futuro fragmentada diante da capitalização do caos (FLETCHER, 2015) emitida por projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, que “reduzem o futuro aos possíveis já capturados” (p. 64).
Em diálogo, mas agora em termos institucionais, o capítulo 5, “Redes internacionales para la provisión de servicios climáticos”, de Scanio e Carabajal, identifica as relações de cooperação entre organismos e programas internacionais que promovem a implementação de serviços climáticos em escala internacional por meio da análise de redes sociais (ARS), indicando trajetórias e direções da informação climática, tal como sua redistribuição nas redes “periféricas” do mundo.
A experiência de pesquisadores em um espaço interdisciplinar, no caso, o Programa de Reconhecimento Institucional (PRI) da Universidade de Buenos Aires, Argentina, é foco do capítulo 11, “La antropologia interpelada: reflexión sobre sus prácticas de investigación”, de Partuci, Carabajal, Pastorino, Muzi e Amato, que problematizam consensos e dissensos entre os participantes do projeto, sublinhando como os atores buscam constituir hierarquias disciplinares (com base em suas formações disciplinares) em espaços interdisciplinares. De acordo com os autores, essa hierarquização ou diferenciação (em alguns pontos) entre as disciplinas advêm dos recursos financeiros recebidos pelas áreas de pesquisa.
Em um sentido normativo, a fim de construir e edificar espaços interdisciplinares, os autores expõem as competências comunicativas que integrantes de projetos interdisciplinares devem buscar, a fim de tornar a prática exitosa. Outro ponto interessante da reflexão está relacionado à problematização da categoria “paranoia de fracasso interdisciplinário”, que ronda o universo cognitivo de participantes de projetos interdisciplinares e que influencia as ações e os compromissos assumidos nesses espaços.
Renzo Taddei, de forma ostensiva, ao analisar o discurso de meteorólogos e outros pesquisadores do clima sobre a interdisciplinaridade, constrói o que denomina de “experimento conceitual”, em “La construcción de las bases del diálogo interdisciplinario: especulaciones etnográficas” (capítulo 3). Fundamentado na empiria etnográfica, nas discussões de etnografia indígena dos povos amazônicos e na contramão do que denomina de platonismo do futuro (“El Dorado”), o autor constrói uma reflexão conceitual (nietzcheana) sobre o trabalho interdisciplinar no contexto acadêmico ocidental, não composto apenas por práticas horizontais e consensuais, mas por situações de conflitos, principalmente sobre o uso da informação produzida. A tensão e, por conseguinte, os conflitos entre antropólogos e meteorólogos em experiências interdisciplinares advêm de um entendimento distinto do esquema tripartido da ciência (variáveis, axiomas e doxa), principalmente ao que se refere à inteligibilidade do que seria doxa e variável.
Interligado diretamente ao debate sobre a interdisciplinaridade e, de certo modo, ao clima, mas evocando outras dimensões, o capítulo 9, de Gaspar, “Os antropólogos e a ‘socioeconomia’ no licenciamento ambiental de grandes empreendimentos no Brasil”, é um relato e uma reflexão da experiência da autora, que é antropóloga, na confecção de laudos de licenciamento ambiental no Brasil. As reflexões principais são sobre os déficits existentes na construção dos laudos, em termos de tempo hábil para o levantamento de dados e a construção de relatórios, os limites técnicos (parâmetros de cálculo e categorias universais), a subtração de perguntas substantivas (sobre vidas negligenciadas em decorrência de rentabilidade financeira e desenvolvimento) e, principalmente, as decisões políticas prévias sobre empreendimentos e suas consequências socioambientais.
Experiências e traduções
Oliveira, autora do capítulo 8, “Uma possível antropologia da ciência em textos em saúde indígena: leitura dos trabalhos do projeto ‘Perfil nutricional e metabólico dos índios Kisêdjê’”, realiza suas reflexões sob a concepção de estilo de vida na antropologia (holística) e na epidemiologia (conduta de risco), demonstrando uma hierarquização do conhecimento antropológico, base do projeto que analisa. Em seguida, discute como a legitimação de abordagens e categorias analíticas perpassam a descrição minuciosa dos instrumentos utilizados, como se os fatos falassem por si e apenas os métodos científicos fossem legítimos, e como essa prática pragmática garante a entrada de pesquisadores e grupos de pesquisa em redes.
Fundamentada na Teoria Ator-Rede (como a maioria dos autores do livro), Albuquerque, no capítulo 10, denominado “A cartografia da rede sociotécnicas do design no management”, se debruça sobre textos da área de design e de management, assim como o faz Oliveira sobre os textos de saúde indígena dos Kisêdjê, evidenciando as relações e as controvérsias (epistêmicas e políticas). Albuquerque reconstrói a narrativa histórica em torno do design (surgimento, transformações e traduções) e problematiza a expansão do sentido do design no management, por meio de traduções no campo organizacional empresarial, principalmente no tocante à tomada de decisão.
O capítulo 9, “La pobreza como categoría en tensión: diálogos entre la mirada de la ciencia cognitiva y la mirada antropológica”, de Smulski, é resultado de um trabalho de campo realizado na Unidade de Neurobiologia Aplicada (UNA) em Buenos Aires, Argentina, no ano de 2014. Smulski, de modo semelhante a Gaspar no que diz respeito ao uso de categorias internacionais utilizadas nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA), problematiza o uso de variáveis de análise de agências e organismos internacionais (Banco Mundial, Nações Unidas, dentre outros), para identificar e medir a pobreza. Como participante da equipe interdisciplinar, a autora afirma que a categoria pobreza é uma categoria em tensão e não ajuda a explicar como o fenômeno estrutural (de cunho econômico) afeta o desenvolvimento infantil, pois essa categoria não abarca processos de vulnerabilidade e privação e o efeito desses em crianças. E, a fim de observar esses processos interseccionados, o termo desenvolvimento é articulado, pois envolve dimensões estruturais e individuais, sob o olhar da ciência cognitiva e da antropologia.
E, por último, fechando o círculo de debates sobre traduções e mediações analíticas, o capítulo 12, “Periferias, centros y liderazgos académicos en la antropologia argentina: la influencia de Ernesto de Martino en la conversión fenomenológica de Marcelo Bórmida”, de Gil, mostra como a obra de Marcelo de Bórmida influenciou a obra do etnólogo Ernesto de Martino por um processo de tradução, que pode ser acessado por meio dos conceitos de “consciência histórica” de Martino e “consciência crítica” de Bórmida, que pressupõe categorias e avaliações a partir do mundo do pesquisado. Outro ponto interessante é a conversão de Bórmida à fenomenologia de Martino (e de outros autores), antes de estruturar a etnologia tautegórica e a noção de consciência mítica.
Gil também reflete sobre como as periferias do conhecimento, no caso, a Argentina, negam criações endógenas e delegam aos centros do conhecimento, como Estados Unidos, França e Inglaterra, no caso da ciência antropológica, a capacidade criativa.
O livro Encrucijadas Interdisciplinarias apresenta, pois, de forma articulada, como a interdisciplinaridade pode ofertar melhorias em termos acadêmicos (científicos), políticos (soluções democráticas e socialmente válidas), econômicos (enfrentamento de desiguais e vulnerabilidades), institucionais (combate a hierarquias e hegemonias) e culturais (transformação e coprodução de práticas acadêmicas, técnicas, políticas, dentre outras), além de construir alternativa(s) epistemológicas e práticas para os problemas complexos, muitas vezes impostos a localidades, como, por exemplo, os fenômenos decorrentes da variabilidade e das mudanças climáticas.
De forma pertinente, a obra contém reflexões sobre a coprodução do conhecimento interdisciplinar com base em experiências nacionais e regionais, que, por sua vez, incidem sobre o processo de criação de ações futuras em projetos e programas interdisciplinares (semelhante ao debate realizado na área de formulação de políticas públicas).
Além da definição de conceitos essenciais para uma reflexão que busque densidade analítica, o livro mostra que, para boas práticas interdisciplinares ocorrerem, é necessário que os atores que participam de projetos interdisciplinares possuam uma densa formação disciplinar, a fim de que possam pensar em soluções abstratas cabíveis de serem construídas de modo coletivo e executadas de modo operacional.
Como um interstício entre o centro e a periferia, a obra é expressão de mediações e alianças entre redes de financiamento e programas internacionais, processos institucionais de apoio à investigação inter e transdisciplinar na América do Sul e, talvez, até mesmo na América Latina. Constitui-se, assim, como expoente de ações e reflexões regionais e nacionais, que buscam promover transformações epistemológicas, políticas, culturais e econômicas, capazes de reinventar centros e periferias.
É um livro importante para os acadêmicos, gestores, técnicos, formuladores de políticas públicas que se debruçam sobre a temática da inter e transdisciplinaridade, assim como para os profissionais que buscam edificar ações em torno de serviços climáticos eficientes. A obra como um todo possui uma linguagem acessível, o que pode vir a facilitar a leitura e a construção de reflexões.
Bibliografia
AMBRIZZI; T.; JACOBI, P.; DUTRA, L. (org.). Ciência das mudanças climáticas e sua interdisciplinaridade. Annablume. São Paulo, 2015.
FLETCHER, R. Capitalizando o caos: mudanças climáticas e capitalismo do desastre. ClimaCom – pesquisa, jornalismo e arte, ano 2, vol. 2, n. 4, 2015.
HARAWAY, D. Antropoceno, Capitaloceno, Plantalionoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom – pesquisa, jornalismo e arte. Campinas, ano 3, vol. 5, 2016.
INGOLD, T. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, vol. 18, n. 37, 2012.
LATOUR, B. Jamais fomos modernos: ensaios de antropologia simétrica. Editora 34, Rio de Janeiro, 1994.
HIDALGO, C. Del entusiasmo al pragmatismo: cambios en las perspectivas de éxito en la investigación interdisciplinaria. Revista Interciencia, Santiago, Chile, vol. 36, n. 2, Febrero, p.113-120, 2011.
STENGERS, L. La propuesta cosmopolítica. Pléyade, n. 14. Jul.- dez., 2014.
Recebido em: 15/10/2018
Aceito em: 15/11/2018
[1] Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGPol) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). E-mail: bragapba@gmail.com.
Experiências e reflexões interdisciplinares na América do Sul: o interstício criativo
HIDALGO, Cecilia; VIENNI, Bianca; SIMÓN, Claudia (Orgs.). Encrucijadas interdisciplinarias. 1a ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Fundación CICCUS/CLACSO, 2018. 238 p.
BRAGA, Patricia Benedita Aparecida. Experiências e reflexões interdisciplinares na América do Sul: o interstício criativo. ClimaCom Inter/Transdisciplinaridade [online], Campinas, ano 5, n.13, dez. 2018. Available from: https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/?p=10008