Simbiontes | Coletivo multiTÃO | Susana Dias (Coord.)

Título | Simbiontes


Os sapos nos ensinam que nada vive só, que estar vivo é fazer parte de múltiplas inter-relações e emaranhamentos complexos. Nesta pequena floresta de papel, inspirados pelos sapos, buscamos encontrar o que havia de floresta em revistas e experimentamos dar expressão à vida como resultado de uma união simbiótica entre diferentes seres-coisas-forças-mundos. A criação da floresta foi feita pelos participantes da disciplina “Arte, ciência e tecnologia” da pós-graduação em Divulgação Científica e Cultural do Labjor-IEL-Unicamp e da Residência Artística “Seguir os sapos” da ClimaCom.

Concepção | Susana Dias

Criação | Ana Clara Silveira do Carmo, Ana Lúcia Alves Luchese, Fernanda Priscilla Capuvilla, Karina Miki Narita, Pedro Augusto Dias Lima Moreira Santos, Marta Judith Zapata Chavarria, Marcelo Carlos de Sousa Soares, Wallace Franco da Silva Fauth, Nestor João Turano Junior, Natália Aranha de Azevedo, Fernanda Mariath Amorim Wester, Mariana Vicente Zilli, Augusto Totoli Rovina Salgado, Izabel Maria Barral Teixeira, Júlia Ramos de Lima, João Paulo Sampaio, Juliana Andina Batista, Rosana Torralba, Silvana Sarti Silva, Susana Dias, Valentina Melgar Bermúdez, Vinícius Tironi Galhardo.

Fotos | Susana Dias.

2023

 


 

Mostra | Seguir os Sapos

O Brasil é um hotspot de biodiversidade para anfíbios. Só na Mata Atlântica são conhecidas mais de 700 espécies de anfíbios anuros, sendo que 90% destes são endêmicos deste bioma. Os anuros são animais ectotérmicos, ou seja, necessitam de fontes externas para conseguir manter sua temperatura, são sensíveis aos efeitos causados pela mudança na temperatura ambiental e precipitação, interferindo na fisiologia e nas interações com outros seres vivos. Devido a hipersensibilidade dos anuros à poluição química, de rios e águas superficiais, doenças, fragmentação de áreas, mudanças climáticas, radiação ultravioleta, além de outros fatores, atualmente estão entre o grupo de vertebrados terrestres com maior risco de extinção. Para encontrá-los, além de olhos treinados, os herpetólogos nos ensinam que é preciso estar atento aos seus cantos. Os sapos emergem, no encontro com as ciências biológicas, como cantores que desafiam o sistema perceptivo, pois é preciso inventar um corpo que se lança na mata no escuro da noite e que se torna capaz de enxergar com os ouvidos. Conhecer as práticas dos herpetólogos, e experimentar criações artísticas com eles, pode ser um modo de ganhar intimidade com os sapos, uma maneira de aprender a seguir seus modos de existir entre meios. Esta Mostra é resultado dessa aposta, experimentada na Residência Artística ClimaCom “Seguir os sapos” e na disciplina “Arte, ciência e tecnologia” do Programa de Pós-Graduação em Divulgação Científica e Cultural do Labjor-IEL-Unicamp (2023), ambas realizadas em parceria com o Laboratório de História Natural de Anfíbios Brasileiros (LaHNAB), do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp. Uma parceria que buscou ativar conexões vivas entre artes, ciências que levem a sério o que pode ser a criação de uma relação de amizade, companheirismo, vizinhança e parentesco com os sapos que sejam capazes de gerar novos modo de perceber, pensar, sentir, imaginar e agir mais conectados com a Terra.

Curadoria e expografia | Natália Aranha e Susana Dias.

Local | Espaço Plural do Labjor-Unicamp

Ano | Maio de 2023

 

Coletivo multiTÃO; DIAS, Susana (Coord.). Simbiontes. ClimaCom – Ciência.Vida.Educação [online], Campinas, ano 10, n. 24. maio 2023. Available from: https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/simbiontes/


SEÇÃO ARTE | CIÊNCIA.VIDA.EDUCAÇÃO | Ano 10, n. 24, 2023