[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_text_separator title=”Cartas a um pesquisador de futuros” title_align=”separator_align_center” color=”grey”][vc_gallery type=”nivo” interval=”5″ onclick=”link_image” custom_links_target=”_self” images=”2581,2579,2578,2586,2587,2589″ img_size=”full”][vc_column_text]
Entendemos que os pesquisadores de futuros não se encontram apenas nas universidades, estão aqui e lá, nas escolas e fora delas, são letrados e iletrados, jovens e velhos, estão nas ruas, em localidades quaisquer, próximas e distantes. Não têm rosto e estão no mundo. Os pesquisadores dos incalculáveis futuros (do humano e do não humano, da Terra) são sobretudo fazedores, que atuam no presente em proveito de um futuro não dimensionável. É a eles então que as cartas se endereçam.
A ideia que subjaz a esta proposta é a de que o pesquisador-qualquer precisa e pode mediar seu trabalho de forma simples e direta na relação com os outros quaisquer que, anônimos e desconhecidos, dão sentido ao seu fazer. Ao optar pela escrita de cartas, buscamos abrir espaço para um gênero marginal à produção acadêmica, embora frequente na criação cientÃfica, artÃstica e filosófica, que exige dos diferentes interlocutores o desafio e a paixão da simplicidade na exposição de suas ideias, questões, dúvidas, inquietações, pesquisas. Procuramos, desse modo, investir na inteligência coletiva e em sua potência criadora emergente para produzir ações concretas nos diferentes meios em que vivemos e circulamos.
Com este intuito, convidamos os pesquisadores que trabalham ativamente com as temáticas das mudanças climáticas a escrever uma carta, extensa ou breve, que seja sobretudo simples e portadora da densidade, paixão e relevância de suas pesquisa.
Por acreditarmos que os pesquisadores de futuros – os leitores – são muitos, tomamos para nós a tarefa de encontrá-los, fazendo chegar até eles as cartas escritas. Mas esta este é apenas uma parte do movimento. Uma vez que a carta alcança seus leitores, é nossa tarefa também articular uma rede de correspondências ampliada, com a inclusão de jovens e professores de escolas públicas, bem como coletivos, associações, organizações não governamentais e gestores. Este espaço é aquele que recebe, alberga e possibilita o acesso a essas cartas. Em suma, aqui é onde acontece a aventura da pesquisa e do pesquisador: o encontro com o outro. Aqui estão cartas lançadas ao mar, cujo valor maior é apenas a aposta de que ela alcançara seus destinatários.
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