Ficando com as ruínas | Eleonora Artysenk e Marina Guzzo

Título | Ficando com as ruínas

“Ficando com as ruínas” é um registro áudio visual, que prentende apresentar o relato da experiência de uma inciativa prática artística, que aconteceu na Bacia do Mercado (Santo, SP, Brasil) e proximidades em contexto pandêmico, pela aproximação do título “Staying with the trouble” (2016) de Donna Haraway, sobre como lidar de frente com os problemas atuais, com o que está diante de nós, bem como o que decidimos fazer com esse. Atribuímos especificamente o “problema”, a condição precária da realidade em comum desse território da Baixada Santista que se encontra vulnerabilizado pelos processos de destruição e exploração do sistema capitalocenico, em atenção a sua arquitetura em ruínas; essas que tomam grande proporção do território. Nessa proposta trazemos como viés metodológico o Animismo, o qual abarca as relações entre os seres humanos, seres não-vivos e o meio ambiente, de modo a mediar as possíveis poéticas envolvidas nessa experiência relacional de caráter performativo. A narrativa implica diretamente em alternativas sobre os modos de criação a partir de rastros, sobras e vestígios encontrados na estética radical das ruínas comunitárias locais, assim como os seus efeitos que tensionam a noção do conhecimento epistemológico ocidental. Desse modo, pretendemos contribuir acerca das discussões sobre o antropoceno, sendo as ruínas
uma marca deste, e como refletir sobre outas formas de estar e intervir no mundo ao lidar com o projeto fálico, utópico da modernidade.

 


Ficha técnica
Título | Ficando com as Ruínas
Ano de produção | 2021
País/local de produção | Brasil, Santos
Concepção, texto e performance | Eleonora Artysenk
Orientação | Marina Guzzo
Agradecimentos | Instituto Procomum


ARTYSENK, Eleonora; GUZZO, Marina. Ficando com as Ruínas. ClimaCom – Esse lugar, que não é meu? [online], Campinas,  ano 9, n. 22. maio 2022. Available from: https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/ficando-com.


 

SEÇÃO ARTE | ESSE LUGAR, QUE NÃO É MEU? | Ano 9, n. 21, 2021

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