Uma ciência feita com e para a sociedade | Gláucia Pérez

O artigo da pesquisadora Regina Rodrigues, do INCT mudanças climáticas fase 2, trata da importância da ciência e sociedade trabalharem juntas para encontrar soluções possíveis referente as mudanças climáticas, considerando ainda as perspectivas adotadas pelos grandes consórcios de pesquisas que estão norteando os trabalhos e esforços dos cientistas.

Por | Gláucia Pérez

Editora | Susana Oliveira Dias

 

Além da compreensão científica das mudanças climáticas é necessário o envolvimento da sociedade para encontrarmos as soluções possíveis para as alterações do clima, é o que diz o artigo “Downside up: science matters equally to the global south” da pesquisadora Regina Rodrigues, do INCT mudanças climáticas – fase 2 (INCT-MC2), do subcomponente Desastres naturais, áreas urbanas, infraestrutura física e desenvolvimento urbano, publicado em maio de 2021 na revista online Communications earth & environment.

Dois programas reconhecidos mundialmente pela comunidade científica, “Programa Mundial de Pesquisa do Clima” (WCRP) e “All Atlantic Ocean Research Alliance” da União Europeia confirmam essa iniciativa de trabalhar com e para a sociedade, e não apenas de informar as descobertas científicas.

A pesquisadora Regina argumenta que “Precisamos de pessoas com origens, treinamentos e experiências diversificadas para progredirmos e integrarmos o conhecimento do Sul Global com os países mais ricos”. Informa ainda que apesar do Norte e Sul Global terem perspectivas diferentes, a necessidade de compartilharem informações e descobertas, para levar benefícios para a sociedade e trazer soluções possíveis para seus problemas locais e regionais é urgente. “Como já foi dito muitas vezes, só vamos resolver problemas mais desafiadores da humanidade, como a crise climática, se pudermos construir uma ampla gama de ideias”.

Comenta ainda das métricas impostas aos cientistas, que por muitas vezes estão mais focados em cumprir esse tipo de avaliação do que fornecer e levar conhecimento de descobertas científicas à sociedade, e assim aproximar a ciência, cientistas e pesquisadores da comunidade em geral.

O artigo aponta também que em relação ao aquecimento global de 1,5 ºC informado pelo relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) requer uma ação rápida referente a emissão de carborno para evitarmos consequências mais drásticas para o planeta. E que os países do Norte Global podem até atingir suas metas no acordo de Paris, mas de que nada adiantará se não houver a preservação das florestas tropicais.

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Gláucia Pérez é bolsista TT Fapesp no projeto INCT-Mudanças Climáticas Fase 2 financiado pelo CNPq pro- jeto 465501/2014-1, FAPESP projeto 2014/50848-9 e CAPES projeto 16/2014, sob orientação de Susana Dias e Antonio Carlos Amorim.

Coletivo e grupo de Pesquisa | multiTÃO: prolifer-artes sub-vertendo ciências, educações e comunicações (CNPq)

Projetos | Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC) – (Chamada MCTI/CNPq/Capes/FAPs nº 16/2014/Processo Fapesp: 2014/50848-9); Revista ClimaCom: https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/ e Revista ClimaCom.